sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Brahma (Lula), Lindinho (senador Lindbergh Faria, PT) e ministros Wagner, Edinho e Henrique Alves, todos na lista suja de Leo Pinheiro, da OAS



Léo Pinheiro usava apelidos para se referir aos políticos, como "Brahma" sobre o ex-presidente Lula. No caso de Lindbergh, a referência identificada pelos investigadores é a alcunha "lindinho". A crise política esquentou muito mais nesta sexta-feira, depois das "traduções" das mensagens obtidas pela Operação Lava-Jato com a apreensão do celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido nos meios empresarial e político como Léo Pinheiro. Com certeza elas gerarão uma nova lista de investigados a ser encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal. A avaliação preliminar é de que as conversas de Léo Pinheiro escancaram os "intestinos de Brasília" e relações "pouco republicanas" de políticos com empresários na capital federal. Ao menos três ministros aparecem nos diálogos obtidos na investigação: o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (PT); o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva (PT); e o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB). O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari, e o ex-deputado federal e ex-líder do partido na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), já investigados na Lava Jato, também surgem nas mensagens. As mensagens do celular de Pinheiro foram transcritas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal no Paraná, onde correm as investigações da Lava-Jato na primeira instância. No fim de 2015, a Polícia Federal encaminhou à Procuradoria os casos em que há menção a políticos com foro privilegiado. O celular de Léo Pinheiro levou ao conhecimento de investigadores tanto conversas diretas com os políticos, como contatos com intermediários e menções aos parlamentares e ministros. Ainda há conversas sobre o ex-tesoureiro do PT condenado no mensalão, Delúbio Soares, e sobre o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz. No total, o material com mensagens de Léo Pinheiro tem quase 600 páginas. O envolvimento do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, está entrelaçado às ações de Eduardo Cunha.

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