segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Governo Sartori é mesmo um desastre, sem vontade de mudar para enfrentar a crise

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB). Antes do Natal, chamou a imprensa gaúcha (os amigos do Palácio, Videversus jamais foi avisado dessas entrevistas coletivas, que nunca foram entrevistas) para anunciar uma estrondosa convocação extraordinária da Assembléia Legislativa para apreciar e votar um pacote de 32 projetos nesta segunda, terça e quarta-feiras. O editor de Videversus, jornalista Vitor Vieira, deu-se ao trabalho de ler todos os projetos. E avisa: trata-se um passa cachorro, um gigantesco traque de José Ivo Sartori. O seu pacote não passa de um rojão, dois foguetinhos e um monte de traquezinhos desses com os quais os guris brincam. Na verdade, é um medíocre pacotinho armado para José Ivo Sartori pelos fiscais do ICMS, da Secretaria da Fazenda, que efetivamente mandam no seu governo. Salva-se dessa mediocridade geral apenas o projeto de lei de Responsabilidade Fiscal Estadual. E assim mesmo é um projeto tímido. Apesar de tímido, causa verdadeiro pânico e horror nas corporações de Estado, a começar pela mais poderosa de todas, a magistratura. Além desse projeto, apenas dois outros têm algum mérito: a extinção de dois órgãos públicos absolutamente inúteis, a Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns) e a Fundergs (Fundação de Apoio ao Esporte). Há um outro projeto que é um perigo, e precisaria ser excluído dessa lista de votação: aquele que flexibiliza os processos de concessão de estradas no Rio Grande do Sul. Flexibilização nessa área é sinônimo de bandidagem. Um projeto desses deve ser examinado com muito mais detalhe. Resumindo: pressionem seus deputados estaduais, por e-mails, Whatsap, Twitter e Facebook, para que votem favoravelmente à Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual e as extinções da Cesa e da Fundergs. O resto pode ficar para depois, não tem qualquer urgência. É só coisa de burocrata da Secretaria da Fazenda, daqueles não, segundo o secretário substituto, em reunião no Palácio Piratini, "não têm a cultura da fiscalização", apesar de serem fiscais.

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