quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Presidente de Volkswagen, Martin Winterkorn, renuncia ao cargo; no Brasil, Jorge Gerdau Johannpeter continua nos negócios


O presidente-executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, anunciou sua renúncia ao cargo nesta quarta-feira, após assumir a responsabilidade pelo escândalo de fraude em testes de emissões poluentes. "Admito como presidente a responsabilidade pelas irregularidades encontradas nos motores a diesel, e por isso pedi ao comitê de supervisão que chegue a um acordo para encerrar minha função como presidente do consórcio", disse em comunicado, publicado pela imprensa internacional. Winterkorn estava no comando da montadora alemã desde 2007. Apesar de admitir a ocorrência de malfeitos na empresa, o executivo afirmou que, pessoalmente, não teve má conduta. "Não tenho conhecimento de nenhuma atitude errada da minha parte", completou. Desde a última sexta-feira, a Volkswagen está no centro de um escândalo que ganhou repercussão mundial. A montadora admitiu que usou um sistema que adultera a emissão de gases poluentes de carros movidos a diesel vendidos nos Estados Unidos para receber um selo ecológico das autoridades americanas. Nos testes, o carro tinha baixa emissão de poluentes, mas depois, nas ruas, o volume de poluentes era maior que o dos testes. "Estou impressionado com os eventos dos últimos dias, sobretudo, estou chocado com o fato de uma conduta errada nesta escala ter sido possível no grupo Volkswagen", acrescentou. Winterkorn, cujo contrato terminaria no final de 2016, insistiu que o processo de esclarecimento e de transparência deve continuar. "Esta é a única forma de ganhar confiança", disse. A Volkswagen anunciou que até 11 milhões de veículos em todo o mundo poderão ser afetados pelo software usado para burlar testes de emissões de poluentes. A montadora também anunciou planos de fazer uma reserva de 6,5 bilhões de euros (7,27 bilhões de dólares) neste trimestre para cobrir custos relacionados ao escândalo. A fraude ainda pode fazer a empresa levar multas que chegariam a 18 bilhões de dólares, além de possíveis ações na Justiça movidas por consumidores.

Já no Brasil nada afeta a posição cômoda do big shot do capitalismo nacional, o barão do aço Jorge Gerdau Johannpeter. Ele fez parte do Conselho de Administração da Petrobrás, e é mais um daqueles que nada viu, nada ouviu, nada sabia da gigantesca gatunavam que grassava na companhia bancada pela organização criminosa PT e por funcionários corruptos da estatal, ocupando cargos de direção. Jorge Gerdau Johannpeter ainda tem a petulância de dirigir um instituto de programas de qualidade e produtividade na administração pública, o qual mantém contratos com um grande número de órgãos públicos. Por exemplo, com o governo gaúcho e com a prefeitura de Porto Alegre. Até a Câmara Municipal de Porto Alegre correu sabujamente atrás de um contratinho com a entidade de Jorge Gerdau Johannpeter. Agora todos sabem quais são as noções de qualidade e produtividade observadas por Jorge Gerdau Johannpeter. Na Petrobras, uma das mais retumbantes foi a compra da sucata da refinaria de Pasadena, que custou mais de um bilhão de dólares. Mas, não é só, ele não conseguiu ver o Petrolão inteiro, um gigantesco escândalo de desvio de recursos na ordem de mais de 80 bilhões de reais. E tem mais: permitiu que a empresa chegasse ao ponto atual, em que deve 522 bilhões de reais, o equivalente a mais de 9% do PIB nacional. A proeza de Jorge Gerdau Johannpeter é inigualável, podem ter certeza. Vai entrar para a história do capitalismo mundial.

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