O ex-presidente Lula X9 (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações") desembarcará em Brasília nesta quinta-feira (17), quando deve ter uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, a primeira depois do anúncio do novo pacote fiscal. Mais uma vez os brasileiros ficam sem saber quem anda pagando os jatinhos nos quais viaja Lula X9. Na semana passada, em viagem à Argentina, o petista fez críticas públicas ao arrocho empreendido pela equipe econômica, avaliando que o ajuste, no modelo adotado, aprofundaria o desemprego e achataria salários. Na ocasião, assessores presidenciais ficaram preocupados com o tom de Lula. Um dia depois de anunciar seu novo pacote fiscal, a presidente petista Dilma Rousseff montou uma operação para convencer deputados e senadores aliados a aprová-lo, mas recebeu sinais de que eles resistirão a aprovar a principal medida, a criação de um imposto sobre operações financeiras como a antiga CPMF. "A CPMF não é suportável e vai causar problemas na economia", resumiu o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A presidente conta com o apoio de governadores, com quem esteve na noite de segunda-feira (14). Ela espera arrecadar com o novo imposto R$ 32 bilhões. Vai ficar na espera, porque esse monstrengo não tem chance de ser aprovado, pelo menos não enquanto ela estiver no poder. Sem dinheiro em caixa, os governadores vão sugerir elevar a alíquota proposta pelo governo para o imposto de 0,20% para 0,38%. A diferença iria para os cofres de Estados e municípios. O governo está disposto a reduzir o prazo de vigência do tributo, batizado por eles de CPPrev, de quatro para dois anos. Esses caras parecem gostar da "teoria dos bodes na sala". Em evento no Palácio do Planalto, Dilma antecipou sua disposição de negociar diante das reações negativas: "O governo não aprova a CPMF, quem aprova é o Congresso". Seu tom foi uma resposta a deputados e senadores aliados que estiveram reunidos com ela e saíram fazendo críticas ao seu pacote fiscal, que depende do Congresso para ser aprovado -15 das 16 medidas têm de ser votadas no Legislativo. "A CPMF não é o caminho. Aliás, nenhum imposto é", afirmou o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO). "Quando o governo está bem é difícil aprovar uma medida como essa [CPMF]. Imagina num momento desses", disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). O governo também enfrentará resistência do empresariado. O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade passou o dia pedindo apoio contra medidas do pacote que atingem o setor. "Liguei para parlamentares governistas e da oposição para derrubar ou mudar a proposta que retira 30% das verbas do Sistema S, o que pode levar ao fechamento de cursos profissionalizantes em funcionamento", afirmou.
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