segunda-feira, 22 de junho de 2015

SARTORI ESTÁ REUNIDO COM PODERES PARA DEMONSTRAR CONTAS CRÍTICAS DO GOVERNO DO ESTADO

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori  (PMDB), convocou uma reunião de emergência com representantes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, da Defensoria Pública e da Procuradoria-Geral do Estado. A reunião ocorre a portas fechadas no Palácio Piratini. Sartori quis apresentar cenário dramático da situação financeira e pedir apoio. Da reunião participam também o vice-governador José Paulo Cairoli, os secretários da Casa Civil, Márcio Biolchi, da Fazenda, Giovani Feltes, da Secretaria-Geral, Carlos Búrigo, da Comunicação, Cleber Benvegnú, e o chefe de gabinete, João Carlos Mocellin, e mais o líder do governo na Assembléia Legislativa, Alexandre Postal. Além dos chefes dos poderes, assessores superiores de cada órgão estão ouvindo as ponderações do governo sobre a crise. O governo não sabe como pagar os salários deste mês porque só tem previsão de recursos para quitar valores de até R$ 2,5 mil por cabeça. Acontece que liminares judiciais garantem pagamento integral ao funcionalismo. Isto era a situação mais previsível do mundo, mas até hoje o governador insiste em não apontar para a sociedade gaúcha e o resto do Brasil o efetivo tamanho dramático da crise das contas públicas gaúchas. Vários funcionários públicos me disseram, com todas as letras, que não estavam absolutamente interessados na crise, mas apenas nos seus salários. Isso me foi dito, em uma roda, dentro de sindicato de funcionários da secretaria da Fazenda. E foi dito, com ar de superioridade intelectual, por um dirigente do sindicato, cedido pelo órgão público para a atividade sindical, que se jactava de ter sido secretário da Fazenda de município do Interior em governo do PMDB. Ou seja, é com quadros assim, desse estofo, que conta o PMDB para definição de suas políticas. Não é preciso dizer que o PMDB gaúcho, historicamente, que já está em sem quarto governo após a redemocratização no País, nunca teve plano algum para resolver a dramática situação estrutural das finanças públicas do Rio Grande do Sul. É evidente que o momento atual exigiria soluções dolorosas, muito dolorosas. Essas soluções passariam pela privatização (federalização, entrega para o Banco do Brasil) do Banrisul. Também passaria pela privatização total do que restou com o Estado do setor elétrico (CEEE e suas subsidiárias). Passaria pela privatização da Corsan; pela privatização ou extinção (fechamento) da Corag, da Cesa, da Ceasa e de outros tantos penduricalhos da administração pública. E passaria pelo desligamento provisório de alguns milhares de funcionários, que seriam mandados para casa, recebendo apenas parcela de seus salários. Mas..... nada disso acontecerá, porque a grande política econômica ao alcance dessa gente toda é o milagre, que Deus cuide de todos. Só não se deram conta que isso não é um problema de Deus. Em qualquer família, quando a situação fica crítica de fato nas contas domésticas, a família toma as medidas mais dolorosas. Por que isso não pode ser feito no Estado?

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