terça-feira, 5 de maio de 2015

Temer pede a Dilma e Mercadante que alinhem PT em favor do ajuste fiscal

O vice-presidente Michel Temer conversou na tarde desta terça-feira (5) com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e pediu que os dois se empenhem no alinhamento das lideranças do PT na Câmara para que o partido feche posição favorável às medidas do ajuste fiscal propostas pelo governo. Na reunião da coordenação política de Dilma, na segunda-feira (4), Mercadante e o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, afirmaram que o PT estaria unido em torno da aprovação do pacote, que deve passar pelo seu teste de fogo no plenário da Câmara, ainda nesta terça-feira. Mas não foi isso que aconteceu. Após reunião de mais de duas horas nesta terça-feira, os deputados petistas se dividiram sobre as medidas que restringem direitos trabalhistas e previdenciários. Antes do início da segunda parte da reunião, marcada para o fim da tarde, Temer falou com Dilma e Mercadante e disse que o PMDB seguiria o tom ditado pela bancada do PT, mas era necessário unificar a posição dos deputados petistas. Na manhã desta terça-feira, Temer se reuniu com o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), e com o líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), já para tratar das tramitações do ajuste no Senado. Durante o dia, porém, foi sendo informado de que surgia a possibilidade de não haver acordo para a votação na Câmara. Na noite desta terça-feira, o plenário da Câmara deve iniciar a votação da medida provisória 665, que tem como ponto principal o aumento do período de trabalho para que a pessoa demitida possa pedir pela primeira vez o seguro-desemprego. Hoje esse prazo é de pelo menos seis meses trabalhados. O governo propôs a ampliação para 18 meses, mas já flexibilizou o prazo para 12. Muitos setores do PT resistem em aprovar medidas que possam restringir benefícios do trabalhador. 

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