O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, o bandido petista mensaleiro Henrique Pizzolato, deverá ficar preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, ou em outro presídio localizado em Santa Catarina, Estado de origem dele, se a defesa assim optar. Pizzolato teve a extradição para o Brasil autorizada hoje (24) pelo governo italiano. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o Brasil terá 20 dias para definir a logística para transferir Pizzolato. A data de início para a contagem do prazo será informada pelo governo italiano à representação brasileira em Roma. O prazo foi definido no tratado de extradição entre os dois países. Pizzolato, que tem cidadania italiana, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 12 anos e sete meses de prisão, por lavagem de dinheiro e peculato no processo do Mensalão do PT, mas, valente como é todo esquerdopata, fugiu para a Itália com passaporte falso. Ele foi detido em fevereiro de 2014, em Maranello, por causa da documentação irregular. Em fevereiro último, a Corte de Cassação de Roma reverteu uma decisão do Tribunal de Bolonha e autorizou a extradição do brasileiro. A decisão final coube ao Ministério da Justiça da Itália. A Procuradoria Geral da República confirmou que, além de pedir a garantia de que Pizzolato ficará preso em um presídio que lhe garanta condições dignas, o governo italiano pediu que ele tenha direito à assistência consular. Por ser cidadão italiano, a embaixada da Itália no Brasil poderá monitorar se as garantias serão cumpridas. Outros condenados no processo do Mensalão do PT também ficaram presos no Presídio da Papuda. A procuradoria, o Ministério da Justiça, a Advocacia-Geral da União e o Ministério das Relações Exteriores atuaram de forma conjunta para conseguir a extradição. O caso do ex-diretor é a primeira extradição de um nacional, autorizada pelo governo italiano, para o Brasil. O secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria Geral da República, Vladmir Aras, considerou a autorização da extradição uma decisão histórica, que frustrou a expectativa de juristas brasileiros. Antes da decisão do governo italiano, especialistas avaliaram que a Itália não poderia extraditar Pizzolato, devido à dupla cidadania. "O Estado italiano compreendeu as razões apresentadas pelo Brasil, de que nós tínhamos condições de receber o extraditando para que aqui ele cumprisse a pena determinada pelo STF", declarou.
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