quinta-feira, 19 de março de 2015

Vaccari já operava na Petrobras antes de ser tesoureiro do PT

O PT adotou uma linha de defesa de João Vaccari Neto segundo a qual ele não pode ser responsabilizado por nada que ocorreu na Petrobras antes de 2010, ano em que se tornou tesoureiro do partido. A linha de defesa é fajuta. João Vaccari Neto fazia negociatas na Petrobras quando ainda era presidente da Bancoop, a cooperativa habitacional dos bancários paulistas que ele ajudou a quebrar. Mais uma prova acaba de vir à tona. De acordo com o doleiro Alberto Youssef, entre 2005 e 2006, a empreiteira Construcap, de médio porte, deu propina de 2,4 milhões de reais ao PT e PP, em troca de um contrato da Petrobras. O butim destinado ao PT foi entregue a João Vaccari Neto, disse Alberto Youssef. Quem intermediou a negociata entre João Vaccari Neto e a Construcap foi o empresário Cláudio Augusto Mente, amigo do tesoureiro do PT. A dupla já era investigada por um toma-lá-dá-cá de mufunfa, feito entre 2008 e 2009. Ao que tudo indica, a origem da grana foi uma propina para facilitar um contrato da Toshiba no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Uma das empresas de Cláudio Augusto Mente transferiu 400 mil reais para a conta da mulher de João Vaccari Neto, em 2008. No ano seguinte, valor idêntico saiu da conta dela para a empresa do sujeito cujo sobrenome é o verbo "mentir" na terceira pessoa do singular. Esse toma-lá-dá-cá de mufunfa é operação típica de lavagem de dinheiro. A única dúvida em relação a toda a sujeira é a data da prisão de João Vaccari Neto. (O Antagonista)

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