segunda-feira, 23 de março de 2015

Desembargador investigado vira consultor da Petrobras


Em meio ao maior escândalo de corrupção de sua história, a Petrobras contratou como consultor da presidência um desembargador aposentado investigado pelo Conselho Nacional de Justiça. Desde 2013, o CNJ apura por que Armando Sérgio Prado de Toledo atrasou por mais de três anos o julgamento de um processo criminal contra o deputado estadual Barros Munhoz (PSDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex-prefeito de Itapira, no interior de São Paulo. Todos os outros 17 dembargadores já haviam votado contra o político, mas como Toledo não deu seu voto, todos os crimes prescreveram. Sob a ameaça de ser punido pelo CNJ, o desembargador decidiu aposentar-se no dia 13 de março. Três dias depois, foi contratado pela Petrobras, que justificou a decisão com base no seu "histórico profissional e acadêmico na área jurídica". Na sexta-feira da semana passada, Toledo esteve em seu antigo local de trabalho, o Tribunal de Justiça de São Paulo, e distribuiu o cartão com seu nome, e-mail, telefone e o endereço do escritório da estatal em Brasília. A contratação chamou a atenção de ex-colegas, que sabiam do "histórico profissional" do desembargador. A investigação do CNJ continua em andamento. 

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