O prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, foi preso na tarde desta quinta-feira, 19, em seu escritório em Caracas, por agentes do Serviço Bolivariano de Informação (Sebin). O escritório do dirigente opositor foi cercado por agentes do Sebin no fim da tarde. Segundo disse sua mulher, Mitzy Capriles, à rádio Unión, cerca de 80 homens o levaram à sede do órgão, na Praça Venezuela, no centro de Caracas. Antes da prisão, o próprio Ledezma denunciou por meio de sua conta no Twitter que seu escritório estava sendo cercado. "Meu escritório está prestes a ser invadido por agentes do regime", escreveu Ledezma. O secretário executivo da coalizão antichavista Mesa de Unidade Democrática (MUD), Jesús 'Chuo' Torrealba, confirmou a prisão. "O escritório não foi apenas invadido. Ele foi golpeado e detido", disse. "Já vínhamos advertindo que isso poderia ocorrer. O governo não encontra medidas para enfrentar a crise. O único recurso de que dispõem é a violência. Mas a repressão só cria novos problemas". Políticos de oposição como a ex-deputada Maria Corina Machado e o prefeito do distrito caraquenho de El Hatillo, David Smolansky, também confirmaram a prisão de Ledezma. O prefeito metropolitano é um dos principais líderes da oposição ao chavismo e idealizou no ano passado, ao lado da deputada cassada Maria Corina Machado e do ex-prefeito de Chacao, Leopoldo López, a campanha "A Saída", que provocou uma onda de protestos contra a ditadura bolivariana chavista. O que está segurando esse regime sanguinário são os soldados cubanos presentes na Venezuela, que se encarregam de todo o aparato repressor.
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