segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

PSDB pede ao TSE dados de 12,8 mil urnas eletrônicas para fazer auditoria

Uma equipe contratada pelo PSDB apresentou nesta segunda-feira (9) a técnicos do Tribunal Superior Eleitoral uma lista de 12,8 mil urnas eletrônicas para dar continuidade à auditoria que o partido realiza dos sistemas de votação e apuração das eleições do ano passado. Segundo o coordenador do trabalho, o advogado Flávio Henrique Pereira, foram selecionadas urnas de todas as capitais e de cidades do interior de todas as unidades da federação. Na última semana de fevereiro, representantes do PSDB farão nova reunião no TSE para passar a captar os dados das urnas diretamente nos Tribunais Regionais Eleitorais. A intenção, segundo Pereira, é comparar as informações passadas pelos municípios aos respectivos TREs e depois repassadas ao TSE. O PSDB já obteve as informações que foram pedidas ao TSE, que totalizam 300 gigabytes de dados. O resultado da análise, bem como a metodologia de verificação, serão mantidos em sigilo até o final da auditoria, conforme termo de compromisso assinado pelo PSDB. Segundo Pereira, ainda não há prazo para conclusão dos trabalhos. “A quantidade de informações é muito grande. As primeiras informações deram um total de 300 gigabytes. É um trabalho árduo e em razão dessa quantidade de dados é temerário fixar uma data”, afirmou. A auditoria, autorizada no final do ano passado pelo TSE, que ficou de fornecer os dados, está sendo realizada por 5 técnicos e 3 empresas contratadas, entre especialistas em sistemas eletrônicos e juristas especializados em direito eleitoral. Entre os dados liberados estão programas eletrônicos e arquivos gerados na votação eletrônica, incluindo dados das urnas e do sistema de transmissão das informações. Inicialmente, o partido havia pedido uma verificação oficial, com participação do tribunal e de todos os partidos políticos, o que foi negado pelo TSE. À época do pedido, o PSDB alegou que a auditoria não tinha por objetivo questionar o resultado das eleições - em que o candidato tucano, Aécio Neves, perdeu para a petista Dilma Rousseff por uma diferença de 3,5 milhões de votos -, mas a “lisura” do processo. O partido dizia que a confiabilidade da apuração e a infalibilidade da urna eletrônica estavam sendo colocadas em xeque nas redes sociais e que seria preciso dar uma resposta à população.

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