quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O petista Tarso Genro defende peremptóriamente que o PT investigue seu tesoureiro, João Vaccari Neto

O ex-ministro do governo Lula e ex-governador do Rio Grande do Sul, o peremptório petista e "grilo falante" e tenente artilheiro e poeta de mão cheia Tarso Genro, defendeu nesta quinta-feira (5) que o PT avalie a permanência do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, na diretoria da sigla. Ele afirmou que o partido deve designar delegados para investigar se há indícios da participação do tesoureiro no esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Nesse caso, Vaccari deveria ser afastado, disse. "Não há nada excepcional nisso. É uma obrigação", afirmou o peremptório Genro. O ex-ministro também afirmou, no entanto, que já há uma "tentativa de criminalizar" o PT. Cita como exemplo "uma ação coercitiva combinada com o aniversário do partido". "Há uma forte conspiração política para tentar a aventura do impeachment ou o bloqueio do governo da presidenta Dilma Rousseff", afirmou. Esse é o peremptório petista Tarso Genro. Segundo ele, o governo deve reagir. Integrantes da executiva do PT defendem um ato em defesa de Vaccari nesta sexta-feira (6), quando haverá um encontro em Belo Horizonte em homenagem aos 35 anos do PT. É, os corações valentes devem fazer isso mesmo. E também convidar os bandidos petistas mensaleiros José Dirceu, José Genoíno e João Paulo Cunha para o evento. Aí a quadrilha fica completa, ao lado do X9. Vaccari Neto foi levado a depor na Polícia Federal nesta quinta-feira em uma nova fase da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Com Vaccari, a polícia espera obter informações sobre doações ao partido por empresas que mantinham contrato com a Petrobras. "Nem sempre essas doações passam pelo caminho legal", afirmou o procurador Carlos Fernando Lima. Segundo o delegado Igor Romário de Paula, Vaccari foi conduzido para esclarecer o "pedido de doações legais e ilegais" ao PT, feito por ele tanto a pessoas que tinham contratos com a Petrobras quanto a quem não tinha. Vaccari chegou à sede da Superintendência da PF em São Paulo, na Lapa, por volta das 9h30 e deixou o local de táxi, às 12h30, acompanhado por um advogado. As informações sobre os pedidos partiram de colaboradores da investigação, como o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que firmou acordo de colaboração premiada com a Justiça. Barusco disse, em depoimento, que o PT recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras, como o da refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco. Ele afirmou que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, teve "participação" no recebimento desse suborno. Vaccari Neto, de acordo com ele, ficou, até março de 2013, com US$ 4,5 milhões. Ainda segundo ele, houve pagamentos até fevereiro do ano passado.

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