quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Eis o óbvio: haverá recessão em 2015. Pessimismo ainda é modesto… Ou: Recessão de salvação

Pronto! Chegou! O Boletim Focus prevê o óbvio, que, como diria Chico Buarque, já está em todas as bocas e em todos os becos: haverá recessão neste ano. A previsão, por enquanto, é de um encolhimento de 0,42%. Trata-se de um pessimismo modesto. A embicada será maior. Querem um chute? Menos 1,5%.

Trata-se da sétima piora consecutiva nas expectativas dos economistas e agentes econômicos ouvidos para a elaboração do boletim Focus. Quem está surpreso? Não este blog, claro! No dia 20, escreveu-se aqui o seguinte:
recessão títulos
E o mais impressionante é que a previsão de inflação, apesar dos juros estratosféricos, cresceu em vez de cair: passou de 7,15% para 7,27% da semana passada para esta. Há um mês, estava em 6,67%. E, para arremate dos males, o mercado também elevou a sua previsão para a Selic: chegaria a 12,75% ao fim de 2015 — antes, 12,5% (hoje, está em 12,25%). Para 2016, a expectativa continua em 11,5%. Para o dólar, a previsão segue em alta: R$ 2,90 no fim deste ano (antes, R$ 2,80). Para 2016, saltou de R$ 2,90 para R$ 2,93.
Então ficamos assim: a expetativa é de um ano com juros estratosféricos, inflação acima da meta, recessão e dólar nas alturas. Eis aí o produto de 12 anos de poder petista. O país vive a pior situação entre os Brics e só é superado em ruindade na América Latina pela Venezuela e pela Argentina, que estão em fase de desconstituição.
Era óbvio, não é? Previa-se crescimento zero antes do pacote recessivo de Dilma. Depois dele, obviamente, a recessão era uma obviedade. Era só uma questão de tempo. Eis aí. “Ah, mas, em 2016, a gente se recupera!” Não! Será outro ano horrível.
Agora vamos ficar atentos ao discurso dos petistas: os companheiros inventaram a “recessão de salvação”. Por Reinaldo Azevedo

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