quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Agência risco Fitch rebaixa novamente a nota da construtora OAS, o Grêmio ainda vai ficar sem arena

A construtora OAS, que é investigada na operação Lava Jato da Polícia Federal, teve nesta quarta-feira (7) suas notas rebaixadas novamente pela agência internacional de classificação de risco Fitch –que já tinha feito um corte no último dia 2. Agora, as avaliações passaram para nível "D", ainda pior do que o "C", em que elas se encontravam. Ambos os níveis, porém, já refletem alta probabilidade de "default" (calote). Em comunicado, a Fitch afirma que os rebaixamentos seguem o anúncio feito pela OAS de que não realizou o pagamento de principal e juros relacionados à sua 9ª emissão de debêntures (títulos de dívida), de R$ 103 milhões, com vencimento no último dia 5. No dia 2, a agência já havia cortado as notas do grupo OAS pelo não pagamento de outra leva de juros. A Fitch também ressalta que, "na ausência de um evento significativo, a OAS e suas subsidiárias provavelmente entrarão em default (calote) no curto prazo". A agência afirma ainda que "considera improvável que todos os credores aceitem renegociar suas dívidas". As notas rebaixadas hoje foram as seguintes: as que medem a probabilidade de inadimplência do emissor (IDRs, em inglês) em moedas estrangeira e local da OAS S.A. e da Construtora OAS, de C para RD, a nota nacional de ambas as companhias de C para RD e as notas da OAS Investments GmbH (subsidiária que emite bônus no Exterior), de C para RD, e da OAS Empreendimentos (área imobiliária) de C para RD. Além disso, a agência rebaixou a nota (Rating Nacional de Longo Prazo) da primeira emissão de debêntures (títulos de dívida) da OAS Empreendimentos – com valor total inicial de R$ 300 milhões e vencimento em novembro de 2016–, de BBB+sf(bra) para CCCsf(bra). No último dia 5, outra agência de classificação de risco, a S&P (Standard & Poor's), cortou as notas da OAS S.A. de B+ para CC na escala global e de brBBB-/brA-3 para brCC/brC na escala nacional Brasil. De acordo com a S&P, o rebaixamento refletiu o fato de a OAS não ter efetuado o pagamento de juros de aproximadamente US$ 16 milhões com vencimento no último dia 2. A S&P destacou em comunicado que "as investigações sobre corrupção que envolvem a OAS têm restringido seu acesso aos mercados de capitais, e que agora é provável que a empresa decida preservar sua posição de caixa e operações, além de reestruturar sua dívida". E acrescentou que a empresa contratou dois assessores legais (White&Case LLP e Mattos Filho Advogados) e duas consultorias financeiras (G5 e Evercore) para ajudá-la em seu processo de reestruturação de dívida e potencial venda de ativos. De acordo com a OAS, diz a S&P, a construtora dispunha de uma posição de caixa aproximada de R$ 1 bilhão em 31 de dezembro de 2014.

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