quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Papéis de empresas brasileiras despencam em Wall Street

Os investidores estrangeiros tiveram outro dia de mau humor com o Brasil em Wall Street. Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que representam ações) de empresas brasileiras fecharam a quinta-feira com forte queda, influenciada, segundo operadores, pelo crescimento da candidata à reeleição Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto. Os papéis do Banco do Brasil despencaram 9,5%, os da Eletrobrás caíram 6,7% e os da Petrobrás tiveram perda de 5%. O mau humor com o Brasil nesta quinta-feira não ficou restrito às ações do que vem sendo chamado no mercado financeiro de “kit eleição”, os papéis das empresas Petrobrás, Eletrobrás e Banco do Brasil, que são normalmente os mais influenciados pelos rumores eleitorais e os números das pesquisas de intenção de voto. Outras empresas e bancos tiveram ADRs em forte queda. Entre elas, a Gafisa caiu 8% e o Itaú recuou 4,4%. Das estatais estaduais, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) caiu 5,7% e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) perdeu 6,8%.
A queda das ações de empresas brasileiras ocorreu em um dia marcado por fortes altas nas bolsas norte-americanas. O Nasdaq subiu 1,6% e o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), teve ganho de 1,3%. A Petrobras teve o maior volume de negócios do dia de toda a NYSE, superando as operações de empresas conhecidas dos Estados Unidos, como Bank of America, segundo maior banco norte-americano em ativos, a AT&T, uma das maiores operadoras de telefonia do país e as montadoras Ford e General Motors. Além das ações, os fundos de índice (Exchange Traded Funds ou ETFs), que reproduzem ativos brasileiros e são listados em bolsas, também tiveram queda forte nesta quinta-feira em Wall Street. Entre os fundos negociados na plataforma Arca, da NYSE, o Direxion Daily Brazil Bull, da Direxion Investiments, despencou 11%, e o ProShares Ultra MSCI Brazil Capped, da gestora ProShares, recuou 7%. O Direxion Daily tem entre suas apostas, segundo seu prospecto, papéis da Petrobras, Ambev, Itaú e Vale.

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