quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Câmara continua hostilizando Dilma, agora deputados aprovaram convocação de dois ministros

Nas redes sociais o clima de guerra não é mais eleitoral, mas é político. Na noite de terça-feira a MP da presidente petista Dilma sobre Conselhos Populares foi derrubada. Nesta quarta-feira, a presidente sofreu novas derrotas, entre elas a indicação do deputado federal Eduardo Cunha, PMDB, para a presidência da Câmara e a convocação de dois ministros. A Câmara dos Deputados impôs uma segunda derrota ao governo de Dilma Rousseff na primeira semana pós-eleições. Depois de derrubar o decreto que cria a Política Nacional de Participação Social, a Casa aprovou nesta quarta-feira a convocação de dois ministros, Neri Geller (Agricultura) e Edison Lobão (Minas e Energia) – este citado no escândalo do Petrolão do PT -, para depor na Comissão de Agricultura, integrada em sua maioria por deputados federais de oposição. Aliados do Palácio do Planalto, parlamentares do PT e do PMDB entraram em obstrução para evitar a aprovação das audiências, mas não obtiveram sucesso. Por se tratar de uma convocação, não convite, os ministros obrigatoriamente terão de atendê-la. O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos principais líderes da oposição, protagonizou um dos momentos mais tensos da sessão ao afirmar que em breve os auxiliares da petista vão ser levados ao Congresso "debaixo de vara". "Ministro tem de ser convocado, sim. Se não, daqui a pouco ministro vai vir aqui embaixo de vara", disparou. Na noite de terça-feira, a Câmara deu a primeira evidência das dificuldades que Dilma terá com os congressistas: derrubou o decreto que cria a Política Nacional de Participação Social, proposta pessoalmente desenhada pela presidente e pelo ministro petista Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). Para a Câmara, Dilma atropelou os poderes do Parlamento ao apresentar a medida por meio de uma canetada, sem antes passar pelo Congresso. (Políbio Braga)

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