domingo, 4 de maio de 2014

ECONOMISTA APONTA QUE BALANÇO DA EMPRESA GAÚCHA DE RODOVIAS É UM ESCÂNDALOb

Leia esta imprescindível análise feita pelo economista Darcy F. C dos Santos, sobre o balanço das atividades da Empresa Gaúcha de Rodovias, mais uma estatal criada pelo desgoverno do peremptório petista "grilo falante" Tarso Genro: "É um escândalo o resumo do balanço da EMPRESA GAÚCHA DE RODOVIAS – EGR, relativo ao exercício de 2013,  encerrado em 31 de dezembro de 2013. Como vemos, na tabela citada, a receita de prestação de serviços líquida atingiu a cifra de R$ 84,2 milhões. Para a prestação desses serviços foram despendidos R$ 28,3 milhões, ou 33,6%. O restante, o lucro bruto do exercício, R$ 55,9 milhões, ou 66,4%, foi canalizado para despesas administrativas, impostos ou formaram o lucro líquido.  Em outros termos, em cada três reais arrecadados, somente um foi aplicado nas estradas. Os 2/3 da receita de serviços não aplicada é o que seria destinado a estradas, caso o serviço tivesse ficado a cargo da administração direta (Daer). Talvez um pouco menos devido às despesas administrativas, que no caso da EGR foi de R$ 3,863 milhões. O objetivo de uma empresa privada é o lucro, mas de uma empresa pública é a prestação dos serviços decorrentes de suas finalidades. O lucro antes do Imposto de Renda PJ e da Contribuição  Social sobre o Lucro Líquido - CSLL foi de R$ 45,5 milhões. A existência desse lucro implicará o pagamento de R$ 15,4 milhões para o IRPJ e para a CSLL, para o que foi constituída a devida  provisão no balanço. Na mesma publicação, no item 2.2, há o seguinte esclarecimento: “ Receita de rendimento de aplicações financeiras – Os rendimentos referentes às aplicações financeiras (SIAC) são registrados mensalmente como receita financeira.” Isso atesta que os recursos estão sendo aplicados no SIAC. No mesmo balanço consta como receita financeira o valor de R$ 734.416,59, uma importância mínima para justificar a existência de  um lucro tão alto, que pagará de IRPJ e CSLL R$ 15,4 milhões, além de todas as consequências decorrentes do não cumprimento das finalidades sociais da empresa. Quanto da criação da EGR,  um dos argumentos utilizados   era a não colocação do dinheiro no caixa único (SIAC), o que está sendo totalmente desrespeitado. Segundo o balanço do Estado encerrado nessa mesma data  (31/12/2013), na p.98, Tabela 16, consta a importância de R$ 41.829.207,46 como Depósitos da EGR  no SIAC, praticamente todo o lucro líquido antes da provisão para o IRPJ e  a  CSLL, cujo pagamento é posterior. Em nosso entendimento a geração de lucros em detrimento das finalidades da empresa,  para aplicar no SIAC, tendo como consequência o pagamento de enormes cifras  de impostos para o governo federal constitui-se num verdadeiro escândalo.

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