quarta-feira, 23 de abril de 2014

SIFCO ENTRA COM PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

A fornecedora de autopeças Sifco entrou com pedido de recuperação judicial ontem e juntou-se ao grupo de companhias com bônus emitidos no Exterior que terá de renegociar com credores estrangeiros. O montante de dívida externa da companhia de US$ 95 milhões é baixo perto dos exuberantes US$ 3,6 bilhões da petroleira de Eike Batista OGX, que fez história entre os credores estrangeiros. Mas trata-se do nono caso desde que o Brasil passou a frequentar mais assiduamente o mercado de dívida externa na esteira da obtenção do grau de investimento pelo País em 2008, envolvendo renegociações de dívida de aproximadamente US$ 5,7 bilhões - considerando-se o valor de face emitido. Esse crescimento somado à redução do ritmo de expansão da economia brasileira chama a atenção de investidores que têm como foco o investimento em bônus com dívida vencida, ou também conhecidos como distressed bonds. De 2009 a 2013, o total de emissões brasileiras feitas lá fora, soberanas e por empresas, soma US$ 195,4 bilhões, de acordo com levantamento feito pela Dealogic, que compila globalmente esses números. O montante é pouco mais de US$ 100 bilhões superior ao que foi captado no período de oito anos anteriores, entre 2000 e 2008, de US$ 95,6 bilhões. Este ano, além da Sifco, a companhia do setor sucroalcooleiro Aralco também anunciou pedido de recuperação judicial aos detentores de US$ 250 milhões de bônus com vencimento em 2020. A Aralco entrou com pedido de recuperação judicial no dia 28 de fevereiro, apresentando dívidas de R$ 1,04 bilhão.

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