sábado, 19 de abril de 2014

ADVOGADO DA AVÓ DE BERNARDO BOLDRINI DIVULGA E-MAILS COMPROVANDO QUE A REDE DE PROTEÇÃO À CRIANÇA DE TRÊS PASSOS FOI AVISADA DAS AGRESSÕES E AMEAÇAS QUE O MENINO SOFRIA, MAS NADA FOI FEITO

No fim da tarde de quinta-feira, o advogado da avó materna do menino Bernardo Boldrini, Marlon Balbon Taborda, começou a divulgar uma série de e-mails que, segundo ele, comprovariam que a rede de proteção à criança de Três Passos foi alertada sobre o perigo que o menino corria. Conselho Tutelar e Ministério Público cometeram uma "falta grave" ao não investigarem uma denúncia feita por uma ex-babá do menino de que ele teria sofrido uma tentativa de asfixia pela madrasta em 2012: "Avisamos os órgãos da rede de proteção da criança para averiguar os acontecimentos. Demos nomes de testemunhas a serem averiguadas, mas nunca fomos informados, nunca recebemos qualquer retorno". A babá afirma que o comportamento de Leandro Boldrini, pai do menino, mudou depois que a ex-mulher morreu e começou a morar com Graciele. Segundo ela, no fim de 2012, quando já não trabalhava mais na casa dos Boldrini, encontrava Bernardo na rua com frequência. Em uma ocasião, ele revelou que a madrasta o havia agredido com uma vassoura e tinha tentado asfixiá-lo. Conforme a babá, o menino era impedido por Graciele de entrar em casa quando o pai não estava. Para a promotora da Infância de Três Passos, Dinamárcia Maciel de Oliveira, tudo o que estava ao alcance do Ministério Público foi feito. É óbvio que não foi feito, porque se tivesse sido feito, o menino Bernardo Boldrini não estaria morto.

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