quinta-feira, 10 de abril de 2014

A EMS EMITE UMA NOTA. AS PERGUNTAS QUE FIZ SEGUEM SEM RESPOSTAS

Perguntei aqui se a EMS iria explicar a parceria com o laboratório-lavanderia Labogen. Na verdade, fiz uma série de perguntas. Só para lembrar:

1:  O que a EMS queria com a Labogen?
2: Estava interessada na expertise do laboratório de Youssef?
3: Quem fez o contato?
4: Quais foram os intermediários na conversa?
5: Alguém forçou o acordo?
6: Antes de celebrar uma parceria ou uma sociedade, esta gigante do setor farmacêutico ao menos se ocupa de colher informações cadastrais das empresas com as quais faz negócio?
7: Qual era a experiência da Labogen na fabricação de remédios? Já tinha produzido antes o quê?
O laboratório enviou a mensagem que segue abaixo, em vermelho, que reproduzo na forma e na sintaxe em que veio. Avaliem. É possível que vocês tenham entendido mais do que eu.
*
A EMS esclarece que não celebrou contrato com o laboratório Labogen e afirma, ainda, que o Labogen é um laboratório independente e não tem qualquer vínculo com a empresa.
A EMS ressalta que foi escolhida pelo laboratório oficial da Marinha, responsável pela contratação de parceiros privados na PDP (Parceria para Desenvolvimento Produtivo) em questão, para implantação e transferência de tecnologia e produção de medicamentos estratégicos para fornecimento ao SUS (Sistema Único de Saúde). A EMS esclarece que a PDP entre laboratórios farmacêuticos oficiais do governo e empresas privadas buscam o fortalecimento dos laboratórios oficiais e tem como objetivo trazer economia e desenvolvimento ao país.
A EMS destaca que não é alvo de investigação pelas autoridades, apoia as apurações sobre o caso e está à disposição dos órgãos competentes para quaisquer esclarecimentos.
*Que se note: eu não disse que a EMS está sob investigação. Eu é que fiquei curioso. O jornalismo não se limita a noticiar, ou a indagar, apenas o que a polícia ou o Ministério Público investigam, não é mesmo? Assessorias de imprensa, muitas vezes, orientam seus clientes a falar o mínimo possível e a dar respostas genéricas, num sentido diverso daquele em que esse termo é empregado no setor farmacêutico. Nesse caso, o “genérico” contém o princípio ativo do remédio de marca e o substitui. No caso da imprensa, a resposta genérica costuma ser usada para tentar distrair a atenção de quem pergunta; está mais para um placebo. A nota da EMS reforçou as minhas curiosidades. Por Reinaldo Azevedo

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