segunda-feira, 3 de março de 2014

PPS QUER DEMISSÃO DO MINISTRO DO TRABALHO

O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), vai pedir à Comissão de Ética da Presidência que avalie o afastamento do ministro do Trabalho, Manoel Dias, suspeito de envolvimento em um esquema para empregar militantes de seu partido, o PDT, como "fantasmas" em uma entidade que recebia recursos da pasta. Para o congressista, "o fato de a Polícia Federal solicitar judicialmente uma investigação contra o ministro é suficiente para a demissão". A Polícia Federal viu indícios da participação de Manoel Dias nas irregularidades e pediu à Justiça Federal em Santa Catarina que remeta os autos ao Supremo Tribunal Federal para a abertura de um inquérito específico sobre a conduta de Manoel Dias. Como ministros têm foro privilegiado, só a corte em Brasília pode autorizar investigações criminais sobre eles. Rubens Bueno criticou a presidente Dilma Rousseff pela "frouxidão" ao manter o ministro no cargo, apesar das suspeitas. "O Palácio do Planalto precisa demiti-lo o mais rápido possível. Acredito que a Justiça dará a resposta necessária para o caso, mas isso pode demorar. A manutenção de Manoel Dias no cargo representa um grande desrespeito com o trabalhador e com toda a sociedade brasileira", disse o deputado. Ex-integrantes do PDT em Santa Catarina, em depoimento à Polícia Federal, confirmaram ter recebido pagamentos da ADRVale - entidade que era abastecida por recursos de convênios com o Trabalho - sem prestar serviços para ela. O suposto esquema foi denunciado pelo ex-presidente da juventude pedetista em Santa Catarina, John Sievers Dias, em setembro de 2013. Segundo ele, a ordem para receber da entidade sem trabalhar foi de Manoel Dias, na época presidente do PDT catarinense.

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