terça-feira, 18 de março de 2014

POLÍCIA FEDERAL DESFECHA A MONUMENTAL E BOMBÁSTICA OPERAÇÃO LAVA-JATO, ASSUSTA MARQUETEIRO DE ELISEU PADILHA E MANDA "PODEROSO AVISO" AO PMDB, PARA ENQUADRÁ-LO; É A REBARBA DA CPI DO BANESTADO, CUJOS ASSUSTADORES DADOS FICARAM COM O PETISTA JOSÉ MENTOR

A Polícia Federal, polícia política do governo petista (conforme amplamente denunciado pelo delegado Romeu Tuma Junior em seu livro "Assassinato de Reputações"), detonou nesta segunda-feira a midiática Operação Lava-Jato. Ántes de mais nada, essa é uma operação que sai com assinatura clarissima. Ela é uma rebarba com uma outra antiga operação, de mais de 10 anos atrás, chamada de Operação Banestado, que na época investigou o desvio para o Exterior de mais de 80 bilhões de dólares. Essa operação resultou em uma CPI, chamada de CPI da Evasão de Divisas. A CPI, de maneira inédita, conseguiu a colaboração de autoridades americanas. Isso resultou no envio para o Brasil de milhões de documentos sobre contas bancárias e suas movimentações de brasileiros no Exterior. O acesso a esses documentos ficou praticamente restrito a uma pessoa: o relator daquela CPI, o petista José Mentor. Ali havia um fichário de todos os brasileiros que desviaram dinheiro para o Exterior: empresários, políticos, autoridades, artistas, jogadores de futebol, e muito mais. O PT ficou, assim, com um monumental fichário. Agora, abre-se mais esta investigação, contra o mesmo doleiro que foi alvo principal daquela Operação Banestado, de 2002, conduzida pelo procurador federal Celso Tres e pela procuradora federal Raquel Branquinho. Curiosamente, esta operação coloca entre seus alvos, no Rio Grande do Sul, o marqueteiro Marcos Martinelli. Ele trabalha, no momento, sob contrato da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB nacional. Ou seja, ele é contratado direto do deputado federal Eliseu Padilha, que preside essa fundação. Assim, a investigação aproxima-se, totalmente, do vice-presidente da República, Michel Temer, potencial candidato à reeleição na chapa da presidente petista Dilma Rousseff. Ocorre que, nos últimos dias, parcela considerável do PMDB brasileiro tem demonstrado muita irritação com o PT e com o governo Dilma. Até mesmo comandou votações nas quais foram aprovadas balaiadas de requerimentos convocando ministros e outras autoridades do governo Dilma. No Rio Grande do Sul, apesar do esforço sabujo de Eliseu Padilha, o PMDB gaúcho consagrou uma candidatura contra Dilma Rousseff e o PT. E essa decisão deverá ter algum peso na definição no cenário nacional. Então, nada mais adequado do que detonar uma operação político-policial para intimidar o PMDB e os peemedebistas e dar uma enquadrada em todos eles. Penso que, se o PMDB e membros desse partido têm malfeitos, eles devem ser investigados, denunciados e condenados pela Justiça, se houver provas. O que não tolero, no entanto, é que essas operações jamais indiquem qualquer petista, apesar de o processo do Mensalão ter provado que esse partido e seus membros foram os responsáveis pelo maior crime já cometido na história da República brasileira. E de dois ex-presidentes do PT estarem na cadeia por esse crime. Mas, a operação Lava-jato também se presta para confirmar a vocação do PT e dos petistas, a da preparação de dossiês contra seus adversários e o lançamento de espetaculares operações de assassinato de reputações. Diz a notícia desta segunda-feira: "A Polícia Federal prendeu 24 suspeitos de participar de uma organização criminosa que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos veículos de luxo e grande quantia de dinheiro em moeda nacional e estrangeira — dólares e euros — que ainda está sendo contabilizada. A Operação Lava Jato foi deflagrada na manhã desta segunda-feira em seis Estados e no Distrito Federal. De acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), obtidas pela Polícia Federal, os suspeitos movimentaram mais de R$ 10 bilhões. No Distrito Federal, foram presos três suspeitos, sendo que um deles é o dono de um dos maiores postos de combustíveis da área central de Brasília, próximo à Torre de TV, onde também funciona uma lavanderia e uma casa de câmbio. Segundo a Polícia Federal, o grupo investigado, "além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil", é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos. A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores. Na manhã desta segunda-feira, cerca de 400 policiais federais cumpriram 81 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária e 19 mandados de condução coercitiva, em 17 cidades. Entre as localidades estão Curitiba, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Cuiabá.Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Paraná. São cumpridas também ordens de sequestro de imóveis, além da apreensão de patrimônio adquirido por meio de práticas criminosas e bloqueio de contas e aplicações bancárias. Ora, tudo isto irá cair nas mesas dos desembargadores federais do Tribunal Regional Federal da 4º Região, já a partir desta terça-feira, quando começarão a pipocar os primeiros habeas corpus. Os delegados da Polícia Federal que coordenaram a Operação Lava  Jato comunicaram que foram cumpridos 24 mandados de prisão e 15 de condução coercitiva, além de 81 mandados de busca e apreensão. Cerca de 400 policiais participaram da operação. No começo da tarde, algumas equipes ainda estavam nas ruas trabalhando na apreensão de valores das quadrilhas presas. Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, o delegado que preside o inquérito, Márcio Anselmo, explicou que quatro quadrilhas distintas atuavam de maneira independente, mas se relacionavam eventualmente. Os quatro grupos investigados tinham à frente doleiros que lucravam com câmbio paralelo ilegal, mas também praticavam diversos crimes como tráfico de drogas, exploração e comércio ilegal de diamantes, corrupção de agentes públicos, entre outros. Segundo Anselmo, os grupos movimentaram nos últimos três anos R$ 10 bilhões, de acordo com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Para lavar o dinheiro obtido de maneira ilícita, as quadrilhas utilizavam atividades conhecidas para essa finalidade, como redes de lavanderias e postos de combustível. Além disso, eles abriam empresas de fachada no Brasil e no Exterior para simular contratos de importação e exportação. Utilizando esse modelo de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, apenas um doleiro enviou ao Exterior, entre 2009 e 2013, US$ 250 milhões.“Eles foram se aproveitando de algumas externalidades positivas ou negativas, como por exemplo, quando o Banco Central aboliu o controle cambial de exportações. Esses doleiros se aproveitaram disso e nós temos bem mais de US$ 250 milhões em simulações de importações. Eles simulavam uma exportação para uma empresa de fachada que também era deles no Exterior e remetiam esse valor para lá e de lá difundiam para os destinatários finais”, explicou o delegado. As empresas e as contas internacionais dos grupos eram situadas principalmente na China e em Hong Kong. De acordo com Anselmo, como a China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, foi fácil para o grupo simular contratos com empresas no país. Com os grupos, a Polícia Federal apreendeu jóias, obras de arte, 25 veículos com valores individuais acima de R$ 100 mil, conseguiu o sequestro judicial de três hotéis, além de R$ 5 milhões em espécie. Em apenas uma prisão, feita na última sexta-feira, uma doleira foi detida enquanto tentava embarcar para a Europa levando 200 mil euros (R$ 654.480,00) presos ao corpo por baixo das roupas. A apreensão dos valores financeiros foi considerada fundamental pelos delegados da Polícia Federal, porque interrompe o fluxo financeiro das quadrilhas. O próximo passo será investigar os documentos apreendidos e os contratos fraudulentos com a administração pública. “Estamos tentando apurar, a partir das buscas, quem são os clientes”, disse o delegado. Entre os presos também está um brasileiro considerado traficante internacional de drogas. Entre os presos na Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira, está Enivaldo Quadrado, condenado no processo do Mensalão do PT (Bônus-Banval). A quadrilha do maior crime dos últimos tempos, o Mensalão, voltou a atacar. Agora a bronca de 10 bilhões, e tem a cidade de Vinhedo no meio da lambança, e lá moram Rui Falcão e Pedro Caroço. Os dois gaúchos alvos da investigação, e que tiveram suas casas invadidas em operação de busca e apreensão, teriam recebido valores de um dos principais suspeitos de lavagem de dinheiro, o doleiro paranaense Alberto Youssef, que foi preso em São Luis do Maranhão. São o engenheiro Eduardo Antonini, ligadíssimo ao deputado estadual Paulo Odone (do PPS, ex-presidente do Grêmio) e o marqueteiro Marcos Martinelli. Antonini foi um dos mentores da Arena do Grêmio, enquanto Martinelli trabalha atualmente para o deputado Eliseu Padilha na Fundação Ulysses Guimarães e foi o marqueteiro da campanha do prefeito José Fortunati, tendo ocupado até há pouco as funções de secretário de Comunicação do prefeito petista Jairo Jorge, em Canoas. Alberto Youssef já foi investigado pela Polícia Federal e, inclusive, já fez acordo de delação premiada. Conforme a apuração federal, Youssef teria remetido dinheiro com origem ilícita para Antonini e Martinelli. Ora, Martinelli teria recebido dinheiro vindo do doleiro para pagamento de qual serviço? Terá sido da campanha de José Fortunati? Ou foi por trabalho para a Fundação Ulysses Guimarães? Seria ele um caso de reedição do marqueteira baiano Duda Mendonça? Durante as buscas da Operação Lava-Jato, agentes federais apreenderam grande quantidade de dinheiro em endereços de Youssef em São Paulo. Dois hotéis de propriedade dele, em Londrina e em Porto Seguro, foram sequestrados por ordem judicial. O grupo investigado, além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas, desvios de recursos públicos, dentre outros, segundo a Polícia Federal. O marqueteiro Marcos Martinelli respondeu ainda nesta segunda-feira, por meio de seu perfil no Facebook, à investigação de que é alvo: "Este assunto não é comigo. Não vendo e nem compro dólares. Não tenho conta no exterior. Não tenho segredos. Prá começar, não estou comprando nem vendendo dólares e, infelizmente, não tenho conta no exterior. Estou trabalhando em Roraima (contribuo para o INSS há 40 anos e preciso trabalhar para pagar contas) e a PF foi ao meu apartamento (único que tenho, vizinho do Daniel Scola) para executar um mandato de busca e apreensão. Pra começar, O MANDATO ESTAVA EM NOME DE OUTRA PESSOA, que não cito para não complicar também a vida dela que, certamente, também nada tem a ver com os bilhões que a tal operação se refere. Mas quem quiser checar é só procurar os autos. Mas este "erro"é pra outro momento. Foco no que aconteceu em termos práticos: mesmo sem mandato em meu nome, minha esposa deixou a equipe de quatro policiais federais entrar. Vasculharam tudo, reviraram e nada encontraram, claro, pois nada de errado tinha. Dentro do trabalho de praxe, levaram documentos e meu computador para verificação. Certamente nada encontrarão que me leve a fazer parte do tal complô bilionário. Como consultor de marketing e gestão de crise para empresas e partidos, tenho contatos no Brasil inteiro. Sem eles, não consigo trabalhos. Um dos últimos trabalhos que ainda realizo é para a honrada Fundação Ulysses Guimarães, realizando palestras em todas as regiões do Brasil, a próxima no Rio e, na outra semana, em POA. Até agora não recebi contato da polícia federal, que certamente tem meu telefone. Não me escondo de nada, nem de ninguém. Quem me conhece, sabe disto. Como jornalista há quatro décadas, sempre fui contra ações "espetacularizantes" que, certamente, poderiam apurar antes com maior eficiência e, divulgar, depois. Mas sabemos como as ações de mídia são importantes. Assim que souber o que realmente está acontecendo informo meus amigos. Ainda estou surpreso com tudo isto. Imaginem-se no meu lugar. Mas não perco o humor e antecipo: não adianta pedir ou querer me vender dólares, não trabalho com este tipo de mercado... Ah, também - infelizmente - não tenho contas no exterior, só no velho Banrisul e no Itaú, devidamente registradas no meu imposto de renda, bem como os impostos que pago regularmente, em dia. Volto ao trabalho, desejando que o dia de vocês seja menos tumultuado que o meu. Abraços e obrigado pela solidariedade de quem me conhece, que é o que importa". Duas pessoas foram presas nesta segunda-feira em Balneário Camboriú durante a operação Lava Jato da Polícia Federal. Um das prisões ocorreu em um imóvel na avenida Atlântica, onde também foi cumprido mandado de busca e apreensão. Dois carros foram apreendidos na ocasião. A segunda prisão foi realizada em um hotel na cidade.Os presos e veículos apreendidos foram encaminhados para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde se concentra a investigação".

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