quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

MILITARES DA MARINHA SERÃO OUVIDOS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL SOBRE PRISÃO DE QUILOMBOLAS NA BAHIA

Os militares da Marinha envolvidos em uma prisão de quilombolas, na Bahia, deverão ser ouvidos na próxima semana, em inquérito aberto na quarta-feira pelo Ministério Público Federal para apurar denúncia de prisão e agressão contra dois moradores de uma comunidade quilombola. De acordo com o Ministério Público Federal, o fato ocorreu no Complexo Naval de Aratu, no município de Simões Filho, onde está localizada a comunidade quilombola Rio dos Macacos. No inquérito, conduzido pelo procurador regional substituto dos Direitos do Cidadão, Edson Abdon, os irmãos, Edinei Messias dos Santos e Rosimeire Messias dos Santos, denunciam que foram presos e agredidos por militares, na última segunda-feira, ao passarem por um portão que dá acesso à comunidade e é controlado pela Marinha. De acordo com a ONG Justiça Global, os dois moradores da comunidade, que são irmãos, foram “espancados, humilhados e presos quando passavam por essa guarita”. A prisão ocorreu à tarde e os dois irmãos só foram liberados à noite. O procurador informou que os militares deverão ser ouvidos na próxima semana, mas sem data definida. Já o comandante da base deverá falar na próxima terça-feira. Os dois quilombolas deverão prestar depoimento ainda esta semana. Hoje (8), a Defensoria Pública da União (DPU) também pediu esclarecimentos à Marinha sobre o episódio.

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