sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

GM CONFIRMA DEMISSÃO DE MAIS DE 1 MIL TRABALHADORES NA FÁBRICA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O diretor de Assuntos Institucionais da General Motors (GM), Luiz Moan, falou nesta sexta-feira, pela primeira vez de forma oficial, que a empresa demitiu 1.053 trabalhadores da área de montagem e de manuseio da sua unidade fabril de São José dos Campos (SP). Ainda de acordo com o executivo, que falou após ter se reunido com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em São Paulo, ele já teria conversado com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, e afirmado a ele que "não há a menor possibilidade de reversão" das demissões. Segundo Moan, Mantega convocou a reunião para manifestar a preocupação do governo com as demissões em São José dos Campos. Perguntado se a GM não teria assinado uma cláusula de manutenção do emprego no âmbito do acordo que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis, Moan disse que sim, e que não só o cumpriu como aumentou em 10 mil o total de trabalhadores da empresa. "A redução do IPI ocorreu em maio de 2012 e desde lá aumentamos o número de trabalhadores de 145 mil para 155 mil. Não só cumprimos o acordo como elevamos o total de trabalhadores", disse o diretor da GM. Pelo que explicou o executivo, o processo de demissão em dezembro de 2013 constava de um acordo assinado entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos em janeiro de 2013. "E acordo assinado é acordo que deve ser cumprido", disse Moan. Ainda de acordo com ele, as demissões se deram por conta do insucesso na negociação com o Sindicato de São José para que fossem feitos investimentos na linha de abastecimento e montagem do modelo Classic. "Desde de 2008 estamos tendo dificuldades de acordo com o sindicato", reiterou o diretor da GM, acrescentando que por causa disso a montadora perdeu projetos. O modelo Classic, de acordo com Moan, continuará sendo produzido nas fábricas de São José dos Campos e em Rosário, na Argentina. O complexo fabril da GM em São José, de acordo com o diretor, é formado por oito fábricas e apenas uma delas está com problemas.

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