quarta-feira, 20 de novembro de 2013

MINISTÉRIO PÚBLICO PAULISTA PEDE QUEBRA DE SIGILO DE MAIS DOIS AUDITORES FISCAIS DA PREFEITURA PAULISTANA

O Ministério Público de São Paulo pedirá nesta quinta-feira à Justiça a quebra dos sigilos fiscal e bancário de mais dois auditores da prefeitura investigados pelo desvio de até 500 milhões de reais: os servidores de carreira Fábio Camargo Remesso e Amilcar Cançado Lemos. Eles passaram a ser investigados pelo Ministério Púbico na última quarta-feira. “Acabei de fazer as petições agora e vou protocolar nesta quinta-feira”, disse o promotor Roberto Bodini. Remesso e Cançado ocuparam posições de chefia no esquema de cobrança de propina em troca de desconto no pagamento do imposto sobre serviços (ISS) da emissão de certificados de quitação do tributo para construtoras, de acordo com as investigações. O promotor pediu que a quebra de sigilo dos demais investigados seja estendida até o começo de 2007. O Ministério Público investiga a fraude entre 2007 e 2012. Bodini também afirmou nesta terça que intimará as mulheres dos auditores investigados a prestar depoimento. Além de Remesso e Cançado, são investigados como parte da cúpula do esquema de corrupção os funcionários de carreira Ronilson Bezerra Rodrigues, Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral, Eduardo Horle Barcellos e Luis Alexandre de Magalhães. Barcellos e Magalhães fecharam acordo de delação premiada (em troca de redução da pena) e detalharam à investigação como funcionava parte do esquema. As mulheres e até filhos maiores de idade dos auditores podem ser indiciados e responsabilizados por lavagem de dinheiro, porque compunham a divisão societária das empresas de fachada abertas pelos fiscais para movimentar a propina.

Nenhum comentário: