terça-feira, 5 de novembro de 2013

"É BEM VERDADE QUE REINALDO AZEVEDO NÃO MATOU QUATRO PESSOAS, MAS PENSA CADA COISA!!!"

Ai, ai… Vamos lá. Cesare Battisti — sim, o terrorista italiano que recebeu refúgio no Brasil — era o principal palestrante de um evento da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) chamado, PRESTEM ATENÇÃO!, “Quem tem direito ao dizer”, promovido pelo PET Letras, programa nacional gerenciado pelo Ministério da Educação. O nome é este mesmo: “Quem tem direito ao dizer”, com a substantivação do verbo — que, para mim, data vênia, costuma ser um índice de picaretagem intelectual. Quase sempre é uma tentativa de enrolar o ouvinte. O professor Fábio Lopes da Silva, curador local do programa, explica por que Battisti. Segundo ele, o objetivo é “dar voz aos malditos, aos proscritos e aos excluídos”. Tá. Quem será o convidado do ano que vem? Marcola? Fernandinho Beira-Mar? Afinal, esses dois são ainda mais “excluídos” do que Battisti.  Não contam, não que eu saiba, com o apoio de certa elite universitária e de chefões do petismo… “Quem tem direito ao dizer?”, professor Fábio? As quatro pessoas que Battisti matou certamente não têm, certo? Uma outra, que ele aleijou, tem direito a falar, mas teve cassadas outras faculdades. “Ah, não foi ele…” Essa é a opinião de Tarso Genro. Isso é o que ele diz. A Justiça italiana, um país em que vigoram todas as garantias democráticas, sustenta outra coisa. A Corte Europeia de Direitos Humanos não cedeu a seus apelos. Battisti fugiu para o Brasil e, aqui, foi adotado pela elite de esquerda. Muito bem! Battisti era o convidado. Falaria nesta quarta-feira, mas caiu a ficha. O próprio governo recomendou que ele não comparecesse ao evento, o que lhe foi transmitido por uma de suas babás, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). O governo só se manifestou porque um grupo de professores de bom senso da UFSC protestou. Um deles foi Sérgio Colle, docente de engenharia mecânica e consultor do Ministério da Ciência e Tecnologia: “O evento é um despropósito, sobretudo uma afronta à instituição universitária brasileira”. Na mosca!

Atenção! Refugiados não podem participar de manifestações políticas. Se não obedecerem a essa determinação, podem até ser expulsos do País. Em carta à universidade, em que anuncia que não comparecerá ao evento, Battisti afirma:“Repliquei com todos os detalhes que a palestra seria feita na faculdade de letras, que o objetivo era exclusivamente o meu percurso enquanto escritor. Apesar disso me foi fortemente recomendado de não ir a Florianópolis porque as consequências para mim poderiam ser graves”.
Uma ova! Até esse trechinho da carta é político e não deixa de sugerir uma certa intolerância com aqueles que, afrontando o bom senso (e as leis), decidiram lhe conceder refúgio. O tal professor Fábio também deixa claro o aspecto político do convite: “Ele é uma figura tatuada com o emblema da exclusão”, disse. Como??? Observem, então, que não são as qualidades literárias de Battisti que o levaram a ser convidado. Alguém duvida? A questão é mesmo de natureza política. Um sujeito que matou quatro pessoas em ataques terroristas foi transformado em herói da resistência pelo professor Fábio e por parte considerável das esquerdas brasileiras. Não fossem os protestos de alguns que chamaram a atenção para o despropósito — E PARA A ILEGALIDADE —, esse benfeitor da humanidade estaria lá deitando falação. A Universidade Federal de Santa Catarina reúne, sim, gente de muito valor. Mas não dá para esquecer que é lá que se abriga, atenção!, um “núcleo bolivariano”, que reúne alunos e… professores. Que eu saiba, nem o Complexo PUCUSP, onde a fauna ideológica prima pelo exotismo, foi tão longe — mas também não estou assegurando nada. É claro que a turma não se deu por vencida. Battisti não vai, mas falará em seu lugar o seu biógrafo — ooopsss!, o seu hagiógrafo —, Carlos Lungarzo. Fez hagiografia do tipo que Chico Buarque aprova: autorizada.
Battisti sim, eu não!
Esquerdistas da rede estão inconformados. Acham que Battisti está sendo vítima da censura. Parte deles certamente concorda com Miriam Leitão e acha que, no Brasil, quem deveria ser proibido de trabalhar e de falar é esse tal Reinaldo Azevedo. É bem verdade que ele não matou quatro pessoas. Mas pensa cada coisa!!! Por Reinaldo Azevedo

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