quinta-feira, 7 de novembro de 2013

CONFORME O PREVISTO, VÂNDALOS MANTÊM INVASÃO DA REITORIA DA USP. QUEREM A POLÍCIA MILITAR PORQUE, ASSIM, APARECERÃO COMO VÍTIMAS E HERÓIS NA TV, NOS JORNAIS E NOS PORTAIS

Conforme se previu, e era óbvio, os valentes invasores da Reitoria da USP decidiram permanecer no prédio. Há uma determinação judicial para que saiam. O PSOL e o PSTU não reconhecem essas frescuras de estado burguês — só se interessam por elas na hora de pegar o Fundo Partidário, por exemplo. Aí, sim! E, se não reconhecem o estado burguês, também dão de ombros para a sua Justiça. Eles querem é que a Polícia Militar entre no prédio. Eles querem é a imagem de homens uniformizados “reprimindo” pobres estudantes, coitadinhos!, que só depredaram e ocuparam a Reitoria porque querem democracia. No caso, reivindicam eleições diretas para reitor. Certo! O Regimento da universidade dispõe a respeito do assunto. Não prevê o pleito direto. Isso pode ser mudado? Pode. Mas não com marreta na porta, truculência, quebra-quebra e mascarados ocupando a administração da universidade.

Ora, o PSOL em especial, que é quem realmente comanda a patuscada, sabe que não é assim que se constrói o socialismo. Não com rosas, não é? Isso é coisa ainda da Segunda Internacional. Os psóis da vida começaram pedindo a IV Internacional e já devem andar ali pela 25ª… O socialismo psolento tem um ritmo verdadeiramente frenético. Esses caras comandaram uma das mais absurdas e surrealistas greves dos últimos anos no Brasil: a dos professores da cidade do Rio, contra um plano de carreira que é um dos melhores do país. Incorporaram a truculência dos black blocs como parte da luta. Os mascarados passaram a fazer parte da sua estratégia de ação.
Ano sim, ano também, a reitoria da USP é invadida. A esmagadora maioria da comunidade universitária dá de ombros para eles. Nesta quarta, consta que a manutenção da invasão venceu com pouco mais de 700 votos (não sei como se chegou a essa contagem), contra pouco mais de 500, que se opuseram. Digamos que a assembleia tenha reunido 1.300 estudantes (já digo por que isso é mentira escandalosa). A USP tem mais de 80 mil estudantes.
Números falsosAtenção! As invasões e ocupações da USP contam com um grande número de militantes que não têm vínculo nenhum com a universidade. Qualquer repórter intelectualmente honesto que cubra o evento e não queira fazer embaixadinha para os trogloditas sabe disso. Lá comparecem representantes de sem-teto, de sem-terra, de sem-noção etc. — militantes profissionais, em suma — para votar em lugar dos estudantes.
Ocupação paramilitar
Consta que também existe uma greve de estudantes na USP. Falso. Cursos da FFLCH e da ECA estão parados porque esses nichos da universidade vivem sob uma espécie de ocupação paramilitar de partidecos de extrema esquerda, que não têm voto na sociedade, mas são muito influentes, em razão da força bruta, na universidade. A onda agora é fazer um tal “cadeiraço”. Entopem-se os corredores de cadeiras e carteiras e se impede a entrada de estudantes que querem estudar e de professores que querem professorar. Eles ainda existem tanto na FFLCH como na ECA…
Grevistas e demagogos costumam dar “aulas públicas”, em algum cantinho dos imensos gramados da universidade, financiada com o dinheiro dos pobres. É para simular, assim, aquele ambiente de “território livre”, sabem? Para esses “mestres” da própria estupidez, um pensamento sem fronteiras só pode ser exercitado ao ar livre. É o que liga Schopenhauer ao uga-uga das cavernas.
Imprensa
De resto, esses vândalos sabem que jamais contarão com uma apreciação crítica no que já chegou a ser chamado, um dia, “grande imprensa”. Ao contrário. Se a Polícia Militar for mesmo obrigada a entrar lá e a tirar os trogloditas, a PM será fatalmente tratada como vilã, e começará a circular um abaixo-assinado, liderado, de preferência, por Marilena Chaui, contra a “militarização da universidade”. Repórteres de TV, nessa fase “estamos com o povo”, vão se referir aos vândalos como “meninos” sonhadores, esmagados pela violência do estado repressor. A propósito: por que mesmo existe uma universidade? Por Reinaldo Azevedo

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