quinta-feira, 3 de outubro de 2013

PASSA DE 130 O NÚMERO DE MORTOS AFRICANOS EM NAUFRÁGIO NA ITÁLIA

Mergulhadores enviados ao navio que naufragou nesta quinta-feira, perto da Ilha de Lampedusa, no sul da Itália, encontraram mais 40 corpos presos ao casco da embarcação. De acordo com as autoridades envolvidas na operação de resgate, os mortos no acidente já passam de 130. Como 500 imigrantes ilegais viajavam no navio e poucos sabiam nadar, a estimativa é de que número de vítimas aumente com as buscas. Pouco mais de 150 pessoas foram resgatadas com vida até o momento. Os primeiros levantamentos feitos pelas equipes de resgate apontam que um incêndio no convés do navio provocou o naufrágio. “Quando os imigrantes se deram conta de que o barco estava pegando fogo, todos eles correram para o outro lado do navio, provocando o naufrágio”, explicou Simona Moscarelli, porta-voz da Organização Internacional para Imigração em Roma. Simona disse, ainda, que apenas três mulheres, das 100 que viajavam na embarcação, sobreviveram. A maioria dos imigrantes que estava a bordo vinha da Somália, da Eritréia e de Gana. A guarda costeira italiana acredita que o barco deixou a Líbia com a Ilha de Lampedusa como destino final. As autoridades também prenderam um suspeito de ser o traficante de pessoas responsável pela embarcação. A prefeita de Lampedusa, Giusi Nicolini, disse que as cenas vistas na ilha se assemelham a um “cemitério”, e são um “horror contínuo”. O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, classificou o naufrágio de “imensa tragédia” em sua página no Twitter. Já a chanceler Emma Bonino considerou o acidente uma fatalidade. “Não existe uma solução milagrosa para o êxodo de imigrantes. Se ela existisse, nós a teríamos encontrado e colocado em prática”, afirmou. Simona, por sua vez, cobrou do governo uma atitude imediata: “Precisamos fazer alguma coisa na Líbia, nos países em transição, para impedir outras tragédias".

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