domingo, 20 de outubro de 2013

EIKE BATISTA ADIARÁ RECEBIMENTO DE REMUNERAÇÃO DE COTAS DE FUNDO DO PORTO SUDESTE

O empresário Eike Batista vai adiar o recebimento da remuneração das suas cotas de um fundo criado para reunir títulos do porto Sudeste. O empreendimento, que está em construção, teve recentemente o controle repassado pela mineradora MMX para o fundo Mubadala e a trading Trafigura. A MMX, do grupo EBX, de Eike Batista, ficou com 35% de participação no porto. O pagamento está previsto para começar em 2015. Durante os três primeiros anos, a prioridade da remuneração será dos outros acionistas, informou Adriana Marques, gerente de relações com investidores da MMX em teleconferência na sexta-feira. Eike receberá apenas se houver sobras após o pagamento dos investidores: "Eike Batista dará prioridade aos investidores do FIP (Fundo de Investimentos em Participações em Infra-Estrutura) nos três primeiros anos". No quarto ano, 2018, recebe a fatia dele junto com os detentores dos títulos e, no quinto ano 2019, recebe a fatia dele referente a esse ano junto com o que não recebeu nos três anos em deu prioridade aos investidores". Isso só ocorrerá se a empresa tiver sobra de caixa disponível para o pagamento naquele ano. O pagamento dos cotistas está condicionada à PortCo (empresa formada pela MMX, Mubadala e Trafigura) ter lucro bruto suficiente. Eike Batista tem um terço de participação no fundo. Já a Mubadala e a Trafigura possuem outro um terço e receberão a remuneração junto com os outros cotistas em todo o período de pagamento. O porto Sudeste deve entrar em operação no segundo semestre de 2014, com produção entre 4 milhões e 5 milhões de toneladas no ano. O diretor-presidente da MMX, Carlos Gonzalez, afirmou que o Capex (investimento) necessário para terminar o porto engloba os US$ 400 milhões aportados no negócio pelos novos sócios, assim como duas etapas de empréstimos a serem liberados pelo BNDES, no valor aproximado de US$ 300 milhões. Segundo ele, além das obras, os recursos serão usados também nas fases de pré-comissionamento e comissionamento, na compra de equipamentos e em reserva de contingências.
Gonzalez disse também que a companhia está negociando com o BNDES a sua dívida, atualmente de cerca de R$ 1,3 bilhão com prazo de vencimento em dez anos.  A MMX criou o FIP, que vai reunir os títulos da PortCo e serão chamados de PORT11. Os donos dos títulos da mineradora, MMXM11, poderão trocar seus papéis pelos da PORT11. Os detentores dos papéis têm o direito de receber US$ 5,00 por tonelada embarcada no porto, quando estiver pronto. O prazo previsto para ser realizada uma oferta de mudança dos títulos é de cerca de dois meses. Hoje, Eike Batista detém dois terços dos títulos MMXM11. No fundo, irá reduzir sua participação pela metade. Mubadala e Trafigura, os novos controladores do porto, ficarão com metade, e irão receber a remuneração nos três primeiros anos.

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