terça-feira, 3 de setembro de 2013

SENADOR BOLIVIANO DESISTE DE COMPARECER A AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DEVIDAMENTE INTIMIDADO PELO GOVERNO DA SOBERANA BOLIVARIANA PETISTA

Há dez dias no Brasil, o senador Roger Pinto Molina, da oposição na Bolívia, seria ouvido nesta terça-feira na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. A audiência pública com o boliviano foi proposta pelos deputados Otavio Leite (RJ) e Carlos Sampaio (SP), do PSDB, mas, quem acabou o representando foi seu advogado, Fernando Tibúrcio. Tibúrcio entregou aos deputados uma breve nota desculpando-se pela ausência de seu cliente e prometendo explicar os motivos "em breve". Os parlamentares querem ouvir o senador sobre o pedido de asilo político no Brasil, a crise desencadeada por sua saída da Bolívia e as denúncias do governo boliviano contra ele. Até sexta-feira, uma missão de alto nível com autoridades bolivianas desembarcará em Brasília para verificar a situação de Pinto Molina, que ficou 455 dias abrigado na Embaixada do Brasil em La Paz e chegou em território brasileiro no último dia 24. O governo do ditador da Bolívia, o índio cocaleiro Evo Morales, diz que o parlamentar é um "delinquente comum", como costumam fazer os ditadores bolivarianos. A missão de alto nível é formada pelos ministros Carlos Romero (Casa Civil), Nardi Suxo (Transparência Institucional e Luta contra a Corrupção), Cecilia Ayllón (Justiça) e integrantes do Ministério Público. Pinto Molina passou os últimos dias em uma fazenda em Goiás, nos arredores de Brasília. O objetivo da missão em Brasília é apresentar documentos sobre os mais de 20 processos judiciais envolvendo Pinto Molina. De acordo com as autoridades bolivianas, o parlamentar de oposição é acusado de desvio de recursos e corrupção. A ministra da Comunicação, Amanda Dávila, disse que a missão vai apresentar documentos às autoridades brasileiras. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país. Pinto Molina foi retirado da Bolívia rumo ao Brasil em uma operação organizada pelo encarregado de Negócio do Brasil em La Paz, o diplomata Eduardo Saboia, que desencadeou uma crise diplomática. Como resultado, o então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado.

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