sábado, 13 de julho de 2013

PT DESCOBRE O SEU TAMANHO, NÃO GANHA MAIS VOTAÇÃO NO CONGRESSO

A divisão na base de apoio do governo no Congresso, a percepção de que aliados são "atropelados" pelo Executivo e as críticas crescentes à articulação política do Planalto viraram ameaça às cinco prioridades de Dilma Rousseff anunciadas em resposta às manifestações de rua. A presidente já viu governistas barrarem dois dos "cinco pactos em favor do Brasil" divulgados no mês passado: o plebiscito sobre a reforma política com efeito nas eleições de 2014 e a destinação de 100% dos royalties de petróleo para educação. Outra medida que dependerá do Congresso e corre risco de ser alterada é o programa Mais Médicos, que prevê a importação de profissionais. Dilma também pediu responsabilidade fiscal, mas vários projetos com impacto nas contas públicas tramitam no Congresso. O desgaste na bancada governista ficou evidenciado na Câmara nos últimos dias na discussão do projeto que destina recursos das receitas de petróleo para educação e saúde. Originalmente, o Executivo enviou ao Congresso proposta de 100% dos royalties para educação. Os deputados mudaram o texto e fixaram em 75% para educação e 25% para saúde. O Planalto insistiu nos 100%, sem sucesso.Há também divergência em relação à origem do dinheiro, se do capital ou do rendimento do Fundo Social, espécie de poupança da exploração do petróleo para a educação. A base defende a primeira tese e o governo, a segunda. Ao prever a derrota do texto defendido pelo Planalto, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), usou a tribuna e ameaçou aliados. Citou até a distribuição de cargos entre PSD, PSB e PDT.Juntas, essas siglas contam com 99 parlamentares.

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