sábado, 20 de abril de 2013

Petista Guido Mantega diz que é preciso "evitar a guerra cambial"


Em meio a debates sobre políticas monetárias "não convencionais" praticadas por economias avançadas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou na sexta-feira a criticar a guerra cambial. “Temos de evitar a guerra cambial”, disse ele, em entrevista durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird), em Washington. Mantega afirmou que o excesso de liquidez na economia mundial preocupa os países emergentes. Sobre o recente estímulo monetário do Japão, que aumentou o programa de compras de ativos para 7 trilhões de ienes, Mantega afirmou que é preciso admitir esse tipo de expansão monetária em uma economia que está em deflação há 12 anos. “Já países emergentes, como o Brasil, e outros países exportadores de commodities, não podem fazer expansão monetária porque a inflação é maior. Nós não temos deflação”, argumentou. Ele alertou que esperar que não seja só isso que o Japão faça. Sobre a economia mundial, a avaliação dos países-membros do FMI, segundo Mantega, é que a economia mundial apresentou uma melhora frente à reunião do FMI em outubro, mas ainda há riscos financeiros na União Européia. Conforme o ministro, a Europa está segurando o crescimento da economia mundial e não mostra sinais de melhoria no curto prazo. Já os países emergentes, como a China, a Índia e o Brasil, conseguiram fazer um pouso suave do crescimento econômico para um patamar menor do que o observado recentemente. A economia brasileira está numa trajetória de crescimento gradual, afirmou Mantega. Indagado sobre a estimativa do FMI de 3% para o crescimento da economia brasileira neste ano e de 4% em 2014, Mantega disse que a projeção para este ano "pode ser realista".

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