segunda-feira, 18 de março de 2013

Dívida pública deve aumentar em 2013, diz economista


A economia do Brasil deverá registrar em 2013 um aumento da dívida pública líquida dos governos federal e dos Estados, projetou nesta segunda-feira, no Rio, a pesquisadora da área de Economia Aplicada e economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), Sílvia Matos. A consequência, de acordo com ela, é um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano "não tão pujante quanto o governo esperava". Sílvia prevê uma piora da balança comercial diante da crise internacional. "O cenário é desafiador para a economia brasileira. Do ponto de vista do cenário internacional, a expectativa é de uma modesta desaceleração nos Estados Unidos. Mas o que temos de ver com mais cuidado são as nossas questões internas. Parece que, ao longo dos próximos trimestres, o cenário pode não ser tão bom", disse. A pesquisadora da área de Economia Aplicada e economista do Ibre, da FGV, projetou que o PIB não crescerá muito mais do que 2,5% em 2013. "Se fechar em 2,7%, é um cenário muito otimista. ê um crescimento mais baixo e com uma inflação elevada. Temos limitações no mercado de trabalho. A dinâmica de inflação demonstra esse desequilíbrio", afirmou. A inflação deverá ficar na casa dos 6% neste ano, puxada, sobretudo, pelos preços de serviços, afirmou. A ajuda virá dos preços administrados. Também para 2014 a expectativa é de que a inflação se aproxime do teto da meta. Por isso, a pesquisadora disse acreditar na retomada da taxa básica de juros pelo Banco Central.

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