quinta-feira, 28 de março de 2013

Área atingida por incêndio dobra de tamanho na reserva do banhado do Taim


O incêndio que atinge a Estação Ecológica do Taim, no sul do Estado, pode ter afetado pelo menos 1,4 mil hectares de terra. A estimativa é do chefe da estação, Henrique Ilha. Um fator favorável à extinção das chamas nesta quinta-feira foi o vento, que soprou em direção a um canal localizado no meio do banhado. Com isso seria possível combater o fogo com equipe de brigada anti-incêndio. Como não é época de reprodução das aves, os mais atingidos são os pequenos animais como cobras, sapos e ratos, que não têm tanta agilidade para a fuga. Apesar dos 1,4 mil hectares estarem queimados, nem todos seguem em chamas, já em alguns locais a água e a umidade do ambiente apagaram o fogo. A vegetação típica do banhado, formada em grande parte por um tipo de palha, seria capaz de se recuperar em poucas semanas. O fogo não mata o caule subterrâneo da vegetação. Ele logo emite novas folhas, com um crescimento fantástico. Em um mês, é possível ver o verde de novo. Compreendendo partes dos municípios de Rio Grande e de Santa Vitória do Palmar, entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico, o Taim tem uma área total de 32.038 hectares. A reserva é casa de pelo menos 30 espécies diferentes de mamíferos e 250 aves, onde destacam-se  animais como biguá, tarrã, maçarico-do-banhado, garça-moura, cabeça-seca, socozinho, gavião-chimango, martim-pescador, cisne-de-pescoço-preto, coscoroba, marrecão-da-Patagônia, marreco-piadeira. Entre os bichos de maior porte estão: capivara, ratão-do-banhado, cachorro do mato, lontra, tuco-tuco, jacaré-de-papo-amarelo.

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