quarta-feira, 13 de março de 2013

A presidente da CNA pede que novo plano agrícola tenha prazo de 18 meses

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, pediu nesta quarta-feira que o governo amplie de 12 para 18 meses a vigência do Plano Agrícola e Pecuário (PAP). Kátia Abreu, que é senadora pelo PSD de Tocantins, apresentou a proposta em reunião com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland. Pela proposta, o próximo PAP, que será lançado em junho, vigoraria até dezembro de 2014. De acordo com a CNA, esse prolongamento é importante para facilitar o planejamento das atividades e garantir melhores condições para a compra de insumos e fertilizantes. A entidade ressaltou que a maioria dos países produtores tem planos de longo prazo para o setor agropecuário. Segundo a confederação, o próximo PAP faria parte de uma etapa de transição para planos ainda mais longos, de cinco anos. De acordo com a assessoria do Ministério da Fazenda, a proposta está sendo avaliada. Entre as ações sugeridas para o plano, Kátia Abreu pediu a ampliação da capacidade de armazenagem de grãos no País. Hoje, os silos brasileiros conseguem armazenar 70% da safra nacional, enquanto o ideal, para Kátia Abreu, seria 120%. Ela reivindicou ainda a elevação para R$ 95 bilhões do volume de crédito oficial para os produtores rurais na próxima safra. Na safra atual, 2012/2013, os empréstimos oficiais para o setor somaram R$ 86 bilhões. Para a política de subsídio ao seguro rural, Kátia Abreu pediu que o governo destine R$ 800 milhões, o dobro dos R$ 400 milhões aplicados na safra atual, e triplique o limite individual de financiamento para o plantio de florestas. Atualmente, o teto corresponde a R$ 1 milhão. Para facilitar a elaboração de políticas diferenciadas por regiões e perfis de produtores, ela sugeriu a criação de um cadastro nacional único com informações sobre área, produtividade, produção e custeio de cada propriedade rural. A presidente da CNA defendeu ainda a isenção da cobrança do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante ao transporte de fertilizante, que reduziria em 5% o custo de produção por hectare. Ela também pediu a manutenção em 0% da Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação desses insumos.

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