sábado, 24 de novembro de 2012

Juízes egípcios entram em greve como protesto contra ditador Mursi, da Irmandade Muçulmana


A Assembleia Geral do Clube de Juízes, a associação da magistratura no Egito, decidiu neste sábado suspender os trabalhos em todos os tribunais e procuradorias do país, em protesto pelas últimas medidas do ditador egípcio, Mohammed Mursi, homem da Irmandade Muçulmana, organização islâmica mãe de todas as organizações terroristas, incluindo a Al Qaeda, e que foi aliada de Hitler e do nazismo na 2ª Guerra Mundial. Em comunicado, a organização anunciou que expulsará os membros que descumpram a greve, e pediu ao Conselho Supremo de Justiça, o mais alto órgão do poder judiciário, para "retirar a confiança" aos que não deixem de trabalhar. Da mesmo forma, o Clube de Juízes reivindicou que Mursi emita uma resolução "imediata" para anular a declaração promulgada na quinta-feira, na qual o presidente se blindou perante a Justiça e declarou suas decisões "inapeláveis". Além disso, a associação exigiu que esta retratação faça referência a todas as partes da declaração, "especialmente a que inclui a destituição do procurador-geral, Abdelmeguid Mahmoud". Em sua "ata constitucional" (um decreto, ao estilo dos Atos Institucionais da ditadura militar brasileira), o ditador Mursi outorgou o poder de cassar o procurador-geral, que até agora era uma prerrogativa judicial, e substituiu Mahmoud pelo juiz Talaat Ibrahi. O Clube de Juízes se referiu a este último, ao pedir que "se retire" e abandone o cargo que acaba de assumir, segundo a decisão dos mais de 7 mil magistrados reunidos na Assembleia Geral. A filial do Clube de Juízes em Alexandria já tinha anunciado neste sábado o começo de uma greve na província, além da paralisação em outras duas províncias ao norte do Cairo.

Nenhum comentário: