quinta-feira, 19 de julho de 2012

Escândalo de manipulação de taxas atinge mais 4 bancos


As investigações do governo britânico sobre o escândalo de manipulação da taxa Libor, usada em empréstimos interbancários na Grã-Bretanha, e da sua equivalente europeia, a Euribor, apontam vínculos que envolvem outros quatro grandes bancos europeus, revela nesta quinta-feira o jornal Financial Times. De acordo com o diário londrino, os bancos franceses Société Générale e Crédit Agricole, o alemão Deutsche Bank e o britânico HSBC também estariam envolvidos no esquema de distorção das taxas, que explodiu no Barclays e provocou a renúncia do presidente e do diretor-executivo do banco, multado em 290 milhões de libras (456 milhões de dólares). No último domingo, a revista alemã Der Spiegel revelou que o Deutsche Bank ofereceu às autoridades europeias e suíças plena cooperação no caso e propôs "delação premiada" a eventuais envolvidos. A manipulação das taxas ocorreu entre 2005 e 2009. O Barclays admitiu que tentou fazer com que a Libor ficasse artificialmente baixa para evitar que a saúde financeira do banco acabasse exposta aos mercados durante a crise global. A instituição financeira também tentou manipular as taxas de empréstimos para beneficiar suas operações. A decisão de penalizar o Barclays foi tomada pelo órgão regulador bancário britânico, o Financial Services Authority, pela americana Commodity Futures Trading Commission (equivalente à Comissão de Valores Mobiliários)  e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Depois que o escândalo veio à tona, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou uma investigação parlamentar sobre o setor bancário. A Câmara dos Comuns decidiu criar uma comissão de inquérito sobre o caso e o Serviço de Combate ao Crime Financeiro está a ponto de abrir uma investigação criminal.

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