quarta-feira, 27 de junho de 2012

Guerrilheira morta no Araguaia há 40 anos será homenageada na Assembléia Legislativa de São Paulo

Morta na primeira etapa da repressão à guerrilha do Araguaia (1972-1975), a militante Maria Lúcia Petit, do PCdoB, será homenageada nesta quinta-feira, às 14 horas, na Assembleia Legislativa de São Paulo. A morte completou 40 anos no último dia 16. A homenagem será feita por meio do Prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos das Mulheres, entregue anualmente a pessoas, entidades ou movimentos sociais que se destacam na defesa dos direitos humanos e no enfrentamento à violência contra as mulheres. "Beth Lobo" é o diminutivo de "Elisabeth Souza Lobo", falecida mulher do clone de chanceler Marco Aurélio "Top Top" Garcia, que foi instrutora de marxismo para jovens militantes no antigo POC (Partido Operário Comunista), na segunda metade da década de 60, em Porto Alegre. Ela ensinava marxismo pelo manual da revolucionária comunista chilena Marta Harnecker (ela vive em Cuba e é uma das principais apoiadoras do Foro de São Paulo). Nascida em Agudos (SP), a guerrilheira foi morta aos 22 anos. De acordo com dossiê do grupo Tortura Nunca Mais, foi fuzilada por tropas do Exército ao aproximar-se da casa de um camponês, onde buscaria alimentos. Militantes que estavam na retaguarda ouviram os tiros. Os restos mortais de Maria Lúcia foram reconhecidos em 1996 pela equipe do legista Badan Palhares, na Unicamp. Ela foi a primeira vítima da guerrilha do Araguaia a ter a ossada encontrada, identificada e entregue aos familiares. O enterro foi em Bauru (SP), onde morava a mãe da militante. Dois irmãos dela, Lúcio e Jaime Petit, também guerrilheiros do Araguaia, continuam desaparecidos.

Nenhum comentário: