terça-feira, 6 de março de 2012

Mesmo sem pistas sobre assassino de jornalista em Ponta Porã, secretário de Segurança não quer apoio federal

O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Brasil, avalia que as investigações sobre o assassinato do jornalista Paulo Rocaro, morto a tiros há 22 dias, estão bem encaminhadas. Embora a Polícia Civil de Ponta Porã ainda não tenha identificado e detido os assassinos, o secretário sugere que a participação da Polícia Federal, neste momento, não é necessária. Wantuir informou que o delegado responsável pelo inquérito, Odorico Ribeiro de Mendonça, da 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, continua investigando várias hipóteses e enfrenta as dificuldades típicas dos crimes encomendados a pistoleiros profissionais, com a agravante de ter ocorrido em uma região fronteiriça. Para jornalistas da região e pessoas próximas a Rocaro, a identificação dos dois motoqueiros que atacaram o jornalista em uma avenida do centro da cidade e o esclarecimento do motivo do crime exigem a participação de outras forças além da Polícia Civil, cuja estrutura, na cidade, é pequena. “Somos favoráveis à entrada não só da Polícia Federal no caso, mas de forças estaduais como o Bope e a Delegacia de Homicídios. A Polícia Civil aqui só tem um investigador para cuidar de todos os casos. Além disso, o Paulo teve problemas com a polícia, problemas causados por matérias que ele publicou denunciando a falta de estrutura da Polícia Civil”, declarou o radialista Diovano César, presidente do Clube de Imprensa de Ponta Porã. César reconhece que o caso é complicado e que muitas pessoas temem prestar informações que ajudem a polícia a esclarecê-lo. Mesmo assim, ele considera que o trabalho avançou pouco. “Já devíamos saber pelo menos o motivo. Não por se tratar de um jornalista, mas porque estamos numa região de fronteira e achamos difícil que, sem uma força-tarefa, seja esclarecido”, completou o radialista, lembrando também do assassinato de mais dois profissionais da região nos últimos dez anos.

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