sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ministério Público investiga contas de escolas de samba do Rio de Janeiro

O Ministério Público investiga a prestação de contas das 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Pelo menos em um dos casos já se descobriu o uso de nota fiscal fria. Todas as agremiações estão sob suspeita. A Promotoria verifica a emissão de 43 notas fiscais de empresas localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. As secretarias de Fazenda desses Estados foram oficiadas para se descobrir se essas empresas existem ou não. Já se sabe que a escola de samba União da Ilha apresentou uma nota no valor de R$ 285 mil pela compra de tecidos para a fantasia. A nota foi emitida pela empresa Brasil Company, de Cambuí, Minas Gerais. O documento é de 10 de maio de 2010. De acordo com a Secretaria de Fazenda de Minas Gerais, a empresa teve o cadastro suspenso em 30 de abril de 2010. O motivo: desaparecimento do contribuinte. Chamou a atenção dos promotores da 5ª Promotoria de Defesa da Cidadania a data da nota: maio, ou seja, três meses após o Carnaval. "As escolas receberam a verba antes da festa e pegam o material depois. Isso pode significar que o dinheiro de um ano está sendo usado para o ano seguinte", conta a promotora Glaucia Santana. Agora, os promotores tentam descobrir quem era o proprietário dessa empresa. Existe a suspeita que o dinheiro que deveria ser utilizado para o desfile esteja sendo usado para o pagamento de luz, água e gás. Ou seja, a subvenção é para a escola e não para o desfile.

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