terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Justiça uruguaia investiga morte de subsecretário argentino em hotel

A Justiça do Uruguai iniciou uma investigação para tentar determinar a causa da morte do subsecretário de Comércio Exterior da Argentina, Ivan Heyn, que participava da cúpula do Mercosul. "Aparentemente é um suicídio, embora tenhamos recém começado a investigação" afirmou o juiz Homero da Costa, responsável pelo caso, após inspecionar o quarto do hotel Radisson, em Montevidéu, onde foi encontrado o corpo do político argentino. "Por enquanto não podemos dar nenhum detalhe da investigação devido ao segredo de Justiça", acrescentou o juiz. Fontes policiais confirmaram que Heyn, de 33 anos, tirou a própria vida enforcando-se no quarto que ocupava no luxuoso hotel, situado no centro da capital uruguaia e que foi sede de várias reuniões dos ministros da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai que participam da cúpula do Mercosul. Heyn chegou a Montevidéu integrando a delegação da presidente argentina, Cristina Kirchner. O subsecretário havia assumido seu cargo no último dia 10. Ele era integrante do La Cámpora, partido político jovem do kirchnerismo, criado por Máximo Kirchner, filho do falecido ex-presidente Néstor Kirchner e de sua esposa e sucessora, a peronista populista Cristina Kirchner. Economista heterodoxo graduado com honras na Universidade de Buenos Aires, Heyn presidiu a Corporação Puerto Madero e foi diretor da produtora de aço Aluar, uma das mais importantes da Argentina. De pai paraguaio e mãe argentina, ele também foi presidente da Federação de Estudantes da Universidade de Buenos Aires. Sua carreira no governo kirchnerista começou quando ele tinha 28 anos, como assessor da então ministra da Economia, Felisa Miceli, e depois secretário de Indústria, entre 2008 e 2009. Após o triunfo eleitoral de Cristina em outubro, a presidente argentina o escolheu como um dos novos líderes jovens dentro do Ministério da Economia, cujo titular é Hernán Lorenzino.

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