quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ganho do médico está defasado, diz presidente da ANS

Em audiência pública no Senado que discutiu o pagamento a médicos da rede privada, o diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Mauricio Ceschin, concordou com as críticas sobre o baixo pagamento dos planos de saúde aos médicos. "É evidente que há uma defasagem no ganho medico da saúde suplementar. A discussão é se ela deve ser resgatada pelo puro e simples repasse ao consumidor. Precisamos buscar alternativas de redistribuição de modelos de remuneração no sistema", disse, na manhã desta terça-feira. Ceschin apresentou dados que indicam mais investimento em tecnologias e materiais que em pagamento pela força de trabalho: "56% do que o sistema de autogestão gasta é com medicamentos, órteses e próteses, só 11% com honorários médicos. Então há uma transferência do honorário médico para tecnologia, consumo de materiais medicamentos, órteses". Senadores criticaram o modelo de organização e gestão da atenção privada de saúde. "Nos últimos dez anos, as operadoras tiveram 160% de reajuste e passaram 40% para os médicos. É aviltante", disse o senador Paulo Davim (PV-RN), ele próprio médico.

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