sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Texas cancela privilégio da "última ceia" a condenados à morte

O Estado americano do Texas decidiu proibir que presidiários no corredor da morte escolham a sua última refeição, após um dos condenados ter requisitado uma farta ceia e nem sequer tocado na comida. Lawrence Russell Brewer, de 44 anos, que foi executado na última quarta-feira cometido em 1998, disse simplesmente que não estava com fome. Ele havia pedido dois filés de frango fritos, um hambúrguer triplo com queijo e bacon, quiabo frito, três fajitas (wrap mexicano de carne e feijão), pizza de embutidos, meio quilo de carne de churrasco, meio litro de sorvete, pão branco, cerveja e doce de manteiga de amendoim com pedaços de amendoim torrado. O episódio levou o senador estadual John Whitmire, que preside o Comitê de Justiça Criminal do Senado, a criticar a prática de atender ao último pedido culinário dos condenados à morte. "É extremamente inapropriado dar esse privilégio a alguém sentenciado à morte", disse Whitmire em uma carta ao diretor-executivo do Departamento de Justiça Criminal do Texas, Brad Livingston. Ele ameaçou levar o tema para debate no Poder Legislativo. Horas depois, em comunicado, Livingston baniu a prática de conceder aos executados a última refeição de sua escolha. Eles comerão exatamente o mesmo que os demais prisioneiros. Para parte da opinião pública, a decisão foi correta. Artigos em jornais do Texas criticavam "privilégios" e "gestos de compaixão" a Brewer, um supremacista branco condenado por participação no assassinato do negro James Byrd Jr. em 1998. Byrd morreu aos 49 anos, depois de ter sido amarrado à traseira de uma picape e arrastado pelo asfalto.

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