quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Rebeldes dizem que a Líbia está imune à Al Qaeda

Os rebeldes líbios, agora líderes de Trípoli, afirmam pertencerem a um islã moderado e descartam a possibilidade de haver grupos jihadistas ligados à Al Qaeda infiltrados. "Eu não descarto a presença em meio aos combatentes de alguns elementos extremistas, mas não podemos afirmar que existam grupos do tipo da Al Qaeda como os que operam no Afeganistão e no Iêmen", declarou nesta semana o chefe do Estado da rebelião, o general Slimane Mahmud. "Não existe na Líbia, com sua sociedade moderada e solidária, o risco da emergência de grupos extremistas. E em todo caso, o veredicto das urnas definirá o futuro", afirmou ele. Entretanto, um dos líderes rebeldes, Abdelhakim Belhadj, que liderou os homens que invadiram no dia 23 de agosto a fortaleza de Bab al-Aziziya, o quartel general de Gaddafi, faz um alerta. Apresentado pela televisão Al-Jazeera sob o título de "xeque", ele falou por muito tempo e reivindicou a paternidade da operação que expulsou de Trípoli o "tirano Gaddafi". Abdelhakim Belhaj foi o fundador do Grupo Islâmico Combatente líbio, ligado à Al Qaeda. Ele foi preso pela CIA antes de ser entregue ao regime do coronel Muamar Gaddafi, em 2004. A França também rejeitou a ligação de Abdelhakim com islamitas ligados à Al Qaeda. Na sua prece durante a celebração do Eid el-Fitr na quarta-feira, em Trípoli, o imã insistiu muito na moderação dos líbios: "Nós rejeitamos a idéia de Gaddafi sobre uma ameaça da Al Qaeda. Somos uma nação muçulmana, sunita e corânica".Funcionários do governo argelino se dizem preocupados com o fato de que militantes islâmicos tenham se infiltrado no CNT e que o braço norte-africano da Al Qaeda explore o caos na Líbia para adquirir armas e explosivos. "Não se trata de um medo ou de um sentimento, é uma certeza", afirmou o ministro das Relações Exteriores argelino, Mourad Medelci, nesta quinta-feira.

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