quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Policias federais ameaçam parar por reajuste salarial


A ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) aprovou um indicativo de paralisação para pressionar por aumento salarial da categoria. A decisão foi tomada em assembléia nesta terça-feira, na sede da associação, em Brasília. Ainda não há uma data para que a paralisação ocorra. A assembléia determinou ainda o lançamento de uma campanha permanente para o reconhecimento público do trabalho da Polícia Federal. Ainda sem cronograma, a campanha terá como lema "Brasil rico é um Brasil sem corrupção". Nesta terça-feira, o presidente da ADPF, Bolivar Steinmetz, encontrou-se com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, que afirmou não haver possibilidade de "reposição inflacionária", como querem os delegados. De acordo com Marcos Leôncio, assessor de assuntos parlamentares da APDF, desde 2009 os delegados não têm correção salarial. "Na gestão Lula, tivemos duas restruturações: uma em 2004 e outra em 2007. Agora, quando formos abrir mesa de negociação para 2012 (que deverá ocorrer de outubro deste ano até março de 2012, com vigência esperada para 2013), teremos de prever reposição de 2009 até 2013", afirmou Leôncio. Segundo o presidente da ADPF, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já havia antecipado que o aumento não poderia ser feito, por determinação do governo. Steinmetz afirmou que o ministro "abriu canal" para a negociação de outras reinvidicações, como a criação de incentivos para funcionários que trabalham em regiões de fronteira, a retomada de concursos públicos, a reforma das aposentadorias e a restruturação administrativa. A ADPF afirmou ainda que a preocupação dos delegados não se resume à questão salarial, mas se refere também à "preocupação com a manutenção do padrão de qualidade".

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