quinta-feira, 14 de abril de 2011

Petrobras negocia crédito com Banco de Desenvolvimento da China

O Banco de Desenvolvimento da China informou nesta quinta-feira que está negociando com Petrobras a ampliação de um empréstimo para a empresa brasileira, após a concessão em 2009 de um crédito de US$ 10 bilhões. "As duas partes manifestaram a intenção e interesse em ampliar a cooperação e estamos negociando o passo seguinte", declarou Chen Yuan, presidente do Banco de Desenvolvimento da China. "Mas, neste estágio, não discutimos o valor nem a forma de crédito", afirmou Chen durante a reunião das potências emergentes reunidas nos BRICS na ilha de Hainan, sul da China. Os presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, Hu Jintao, da China, Dilma Rousseff, do Brasil, Jacob Zuma, da África do Sul e o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, se reuniram nesta quinta-feira para definir a agenda do grupo. A reunião dos bancos de desenvolvimento nacionais dos BRICS, incluindo o Banco de Desenvolvimento da China, terminou com um acordo para abertura de linhas de crédito em suas moedas nacionais, para reduzir a dependência do dólar. A Petrobras assinou um acordo com o banco chinês para um crédito em maio de 2009 com o objetivo de ajudar a financiar novos investimentos. A empresa brasileira também assinou um acordo de longo prazo com uma subsidiária da gigante chinesa de refinação Sinopec para exportar petróleo. O empréstimo não estava sujeito a qualquer acordo para o fornecimento de petróleo ou uma cooperação entre Petrobras e as refinarias chinesas. Durante a crise financeira, a Petrobras contou com o BNDES como principal fonte de crédito. O banco de desenvolvimento brasileiro emprestou R$ 27,24 bilhões à estatal em 2009. No ano passado, a empresa voltou a buscar recursos com o BNDES para as suas operações. A instituição liberou R$ 3,8 bilhões até outubro de 2010, valor superior aos empréstimos concedidos em 2007 e 2008, e passou a representar 36% do endividamento total da estatal até setembro do ano passado. O Banco de Desenvolvimento da China destacou que aumentou o volume de créditos em US$ 141 bilhões, a maior parte para outros países em uma tentativa de Pequim de criar laços mais sólidos com os países em desenvolvimento à medida que reduz sua dependência dos mercados ocidentais. Alguns empréstimos foram concedidos em iuanes, já que a China tenta aumentar o uso de sua divisa no mundo.

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