quinta-feira, 24 de março de 2011

Governo quer mudança na Vale antes de Dilma ir à China

O governo petista deseja alcançar com demais acionistas controladores na Vale um acordo para a mudança no comando da mineradora antes da viagem da presidente Dilma Rousseff para a China, no dia 9 de abril. A informação parte de fonte do Palácio do Planalto que pediu para não ter o nome revelado. O futuro da administração da Vale, a maior produtora mundial de minério de ferro, ficou em aberto nesta semana após ter sido divulgado pela imprensa que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu a substituição do atual presidente executivo, Roger Agnelli, em reunião com a cúpula do Bradesco, outro importante acionista controlador da companhia. No governo, a saída de Agnelli, que está há dez anos no comando da empresa, é dada como certa. De acordo com a fonte, a avaliação do Planalto no momento é a de que os demais acionistas controladores já não apresentam resistência a uma mudança. A discussão, agora, estaria em torno do nome do eventual sucessor. Na estrutura da Vale, se os acionistas no bloco de controle decidirem por uma alteração no comando, uma lista com três nomes deve ser apresentada na reunião do conselho de administração. Então, pelo menos 75% dos acionistas controladores precisam concordar sobre um nome. O governo, por meio do BNDESPar, não possui esse montante para executar a mudança, mesmo incluída a grande fatia detida pelo Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil. Por isso precisa de um acordo com os outros grandes acionistas, Bradesco e a trading Mitsui. Segundo uma outra fonte do governo, que também falou sob a condição de anonimato, ainda não há definição sobre o nome preferido para o posto. A presidente Dilma Rousseff viaja à China no dia 9 de abril. Lá, ela participa da reunião dos BRICs (Brasil, Rússia, China e Índia) e fará uma visita oficial ao país. Não está descartada a possibilidade de que o novo executivo da Vale acompanhe a comitiva brasileira, segundo a fonte do Palácio, mas o tempo seria bastante curto para isso. Os funcionários da companhia estariam planejando um protesto na sexta-feira contra o que classificam como intromissão de Brasília nos assuntos de uma companhia privada, apesar de o governo federal deter, direta e indiretamente, uma importante participação acionária na empresa. Os trabalhadores planejam ir ao trabalho na sexta-feira vestindo preto, como forma de protesto.

Um comentário:

Fendel disse...

O sub-solo é da união...
união de ratos petralhas