quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Credores aprovam recuperação judicial e venda da Daslu

Os credores aprovaram nesta quinta-feira em assembléia o plano de recuperação judicial da Daslu, que prevê a venda da marca e de uma das duas unidades da loja. O único interessado no negócio foi a Laep Investments, representada por duas empresas chamadas Chipilands e Retail. Elas ofereceram o valor simbólico de R$ 1.000,00 e se comprometeram a colocar R$ 65 milhões na empresa. Esse valor inclui um crédito de R$ 44 milhões em dívidas da antiga Daslu e ainda um aporte de R$ 21 milhões, único dinheiro novo que entra na empresa. Pela proposta, o novo dono assumirá toda a dívida que fez parte da recuperação judicial, mecanismo que substituiu a antiga concordata e que permite à empresa suspender o pagamento de seus débitos. A dívida objeto da recuperação judicial era de R$ 80 milhões, excluindo a pendência da Daslu com a Receita Federal, estimada em até R$ 500 milhões. Desses R$ 80 milhões, os credores aceitaram dar um "deságio" (desconto) de 60%, ou seja, só receberão 40% do valor devido. A pendência com a Receita Federal ficará com a antiga loja, comandada pela empresária Eliana Tranchesi, que contesta os números. Tranchesi terá ainda uma das lojas da Daslu, que passará a ser uma espécie de franqueada da nova Daslu. Para utilizar a marca que já foi dela, a empresária pagará 5% de seu faturamento com a loja. A Laep escolherá até o dia 4 de março qual das duas lojas pretende ficar. Provavelmente, a unidade escolhida será a do Shopping Cidade Jardim. Com os R$ 21 milhões em dinheiro novo, a Laep espera expandir o negócio e abrir novas unidades da Daslu nas principais capitais do País. A megabutique foi alvo de operação da Polícia Federal. A recuperação judicial é um mecanismo de proteção contra a execução de dívidas que substituiu a concordata após 2004.

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