domingo, 23 de janeiro de 2011

País rico oferece mão de obra ao Brasil

Com a falta de mão de obra qualificada no Brasil e o excesso de profissionais sem emprego nos países ricos em razão da crise, governos e entidades de classe do Exterior têm contatado empresários e associações de engenheiros e arquitetos nacionais para oferecer trabalhadores. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior faz a intermediação de alguns desses encontros, como aconteceu em novembro, com representantes dos Estados Unidos. Outros estão sendo feitos diretamente. Reunidos na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, a convite do ministério, empresários assistiram a uma exposição por videoconferência sobre o perfil e a qualificação das empresas americanas na área de arquitetura e engenharia. "Eles mostraram que têm ociosidade e capacidade para trazer profissionais e empresas para trabalhar aqui", disse José Carlos Martins, vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, que participou do encontro. "Em razão da crise lá fora, há interesse brutal desses profissionais em vir para cá", afirmou Marcos Túlio de Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, também presente ao encontro. Dos brasileiros os estrangeiros ouviram detalhamento dos investimentos previstos nas áreas de energia, transporte, habitação e saneamento, além do passo a passo de um longo e caro processo para validar diplomas e obter autorização para trabalhar no País. O tempo pode chegar a oitos meses, e o custo, passar de R$ 15 mil. A fila de espera para entrada no país inclui engenheiros e arquitetos americanos, espanhóis, italianos, portugueses e ingleses, além de chilenos e argentinos. Enquanto isso, a gurizada estúpida brasileira enche as filas de candidatos a vagas nos cursos de jornalismo, por exemplo, que sequer exige diploma para o exercício da profissão. O Brasil precisa de dezenas de milhares de engenheiros por ano, e as universidades do País estão muito longe de formar a mão de obra necessária. Para o Brasil, encurtar esse processo depende de contrapartidas. Representantes dos trabalhadores querem aproveitar o interesse e abrir oportunidades para brasileiros nesses países ricos. "Eles tiveram seu momento de expansão e não flexibilizaram regras para a gente. Pode ser feito um acordo bilateral de longo prazo. Hoje, a gente não consegue entrar no mercado europeu", disse Melo, que já se reuniu com representantes dos Estados Unidos, da Espanha, do Chile e de Portugal e aguarda um encontro formal com o Reino Unido. "Queremos contrapartidas e aguardamos manifestação deles", disse. Segundo ele, o número de pedidos de registro de estrangeiros triplicou em 2010.

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