quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Delegado bate em cadeirante em briga por vaga especial em São José dos Campos

Um advogado cadeirante apanhou de um delegado em São José dos Campos (cidade localizada a 91 quilômetros de São Paulo), em briga por estacionamento em vaga pública reservada para pessoas com deficiência. O advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, de 35 anos, diz que foi agredido com coronhadas. Já o delegado Damasio Marino afirma que não bateu com arma de fogo, mas que deu "dois tapas". A briga começou quando Morandini flagrou o delegado, que não tem deficiência, estacionado na vaga especial, em frente a um cartório na região central de São José, e foi tomar satisfações: "Ele me chamou de aleijado filho da puta. Eu fiquei enojado, e a única coisa que consegui fazer foi cuspir no carro dele, porque me senti desrespeitado". Ainda segundo Morandini, o delegado do 6º Distrito Policial da cidade, além de lhe dar coronhadas, também bateu em seu rosto com a ponta da arma. Ele mostrou uma camiseta com manchas de sangue, consequência da agressão. Uma funcionária do cartório também diz que viu Morandini sangrando após a briga. "Ele apontou a arma, fez mira. A única coisa que eu fiz foi virar o rosto devido ao trauma que já tenho", contou o advogado, referindo-se ao tiro que levou durante um assalto, aos 17 anos, e que o deixou paraplégico. Já o advogado do delegado diz que ele é que foi intimidado e que estava parado na vaga especial porque sua mulher está grávida. A corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para apurar a lesão corporal dolosa (quando há intenção ou se assume o risco de cometer o crime). O delegado deve explicar desde quando gravidez é deficiência.

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